David Neeleman, dono da Azul
Airlines, diz que não vai comprar a TAP e que a empresa está focada na dispersão
de acções em bolsa.
“A Azul não vai comprar a
TAP”, afirmou o fundador e presidente executivo companhia aérea brasileira, a
Azul Airlines, à agência Dow Jones. O interesse do empresário brasileiro na
companhia aérea portuguesa tem sido amplamente noticiado, com os jornais a
revelarem que o próprio Governo brasileiro tem encetado algumas conversas com
vista à entrada da Azul na TAP.
“Temos a falado com o Governo
[brasileiro] sobre” ajudar a TAP, e “dissemos que podíamos ajudar a TAP com
ligações, por exemplo”, adiantou o responsável.
Na segunda-feira foi a vez do
“Valor Econômico” noticiar que David Neeleman estaria já em negociações com o
Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) para avaliar qual
será o envolvimento do banco estatal brasileiro na corrida à privatização da
TAP.
Hoje, terça-feira, o
presidente da empresa diz à Dow Jones que não vai comprar a TAP, acrescentando
que a sua companhia está focada na entrada em bolsa. E é precisamente esta
questão que tem sido apontada pela imprensa brasileira como razão para que o
responsável afaste a operação.
O jornal “Folha de São Paulo”
diz esta terça-feira que apesar do ministro do Desenvolvimento, Fernando
Pimentel, ter afirmado que o governo ofereceu apoio à Azul para participar do
leilão da companhia aérea portuguesa TAP, esta tem desmentido o seu interesse.
E recorda que a Azul está a preparar a oferta pública inicial (IPO), com a
operação prevista para Julho. E a compra da TAP pode ter resultados negativos
para essa captação de recursos no mercado, explica o jornal.
No ano passado, a privatização
da companhia aérea portuguesa falhou. O único empresário a apresentar uma
oferta vinculativa foi Germán Efromovich, presidente da Avianca. Na altura, a
operação não avançou porque, segundo o Governo português, o empresário não
apresentou todas as garantias bancárias necessárias para a operação seguir em
frente.
No final da semana passada, o
Negócios escreveu que o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho já recebeu
várias manifestações formais de interesse na TAP, nomeadamente de fora da
Europa.
Pensa-se que a próxima
operação de privatização possa ser feita sem a inclusão de várias subsidiárias
da TAP, como a parte Manutenção Brasil, que, devido à sua situação financeira,
dificulta o interesse na companhia como um todo.
Título e Texto: Jornal de Negócios, 11-06-2013, 20h37
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