Tenho criticado duramente
aqueles a quem chamo de esclarecidos canalhas, homens e mulheres que pertencem
a diversos segmentos da sociedade, com formação cultural e educacional
diferenciada, portanto com capacidade de criticar, avaliar e rejeitar publicamente
o papel de um poder público transformado em um Covil de Bandidos pelas gangs
que o ocuparam, mas que se mantêm omissos ou cúmplices, em benefício próprio,
diante do holocausto moral do país.
Esta semana tive a
indescritível alegria patriótica de assistir a solenidade de Colação de Grau da
Turma de Medicina da UFF – Turma 207 – na qual seu paraninfo, mesmo pertencendo
aos quadros de uma universidade federal, fez um breve mas inesquecível discurso
resgatando nossas esperanças de que ainda existem muitos homens e mulheres que
não se deixaram corromper pela sordidez da política vigente no país e nem pela
degeneração moral das relações públicas e privadas.
Foi uma mensagem marcada pelo
patriotismo, pela coragem e pela dignidade de falar a verdade sobre o caos da
saúde no país e sobre o tipo de postura imoral e fantasiosa-manipuladora
comandada pela mais calhorda classe política de nossa história.
Não tenho autorização para
transcrever o seu breve discurso mas tenho a responsabilidade, dentro dos
limites do alcance de minhas palavras e de minha particular interpretação
daquilo que ouvi, de divulgar o nome desse senhor que me renovou as esperanças
de que ainda existem esclarecidos no nosso país que não podem ser qualificados
como canalhas cúmplices dessa sórdida classe política.
Muito obrigado, Sr. Fernando
José Nasser, por ter gratificado as centenas de pessoas presentes com sua
demonstração de coragem, dignidade e ética, não a “ética corporativista” que
defende os cúmplices da destruição do nosso país, mas sim a ética contida em
preceitos valorativos e morais que são os princípios fundamentais de
sustentação de uma sociedade honesta e justa, atendida por um poder público que
cumpra o seu papel de servir a todos pelo exercício de suas obrigações sociais,
rejeitando a exploração, o roubo e a manipulação daqueles que trabalham mais de
cinco meses por ano para sustentar a sórdida politicagem que domina o país.
Que os setenta e dois médicos
e médicas da Turma 207 da UFF não esqueçam da mensagem de seu paraninfo e espelhem
suas atitudes pessoais e profissionais no seu exemplo de dignidade, honra,
caráter e ética.
Esperamos que esses jovens
doutores e doutoras no exercício de suas nobres profissões ajudem a livrar o
país da miséria moral que nos condena a sermos classificados como um Paraíso de
Patifes.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 03-06-2013
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