terça-feira, 4 de junho de 2013

Um esclarecido que não é canalha

Geraldo Almendra
Tenho criticado duramente aqueles a quem chamo de esclarecidos canalhas, homens e mulheres que pertencem a diversos segmentos da sociedade, com formação cultural e educacional diferenciada, portanto com capacidade de criticar, avaliar e rejeitar publicamente o papel de um poder público transformado em um Covil de Bandidos pelas gangs que o ocuparam, mas que se mantêm omissos ou cúmplices, em benefício próprio, diante do holocausto moral do país.
Esta semana tive a indescritível alegria patriótica de assistir a solenidade de Colação de Grau da Turma de Medicina da UFF – Turma 207 – na qual seu paraninfo, mesmo pertencendo aos quadros de uma universidade federal, fez um breve mas inesquecível discurso resgatando nossas esperanças de que ainda existem muitos homens e mulheres que não se deixaram corromper pela sordidez da política vigente no país e nem pela degeneração moral das relações públicas e privadas.
Foi uma mensagem marcada pelo patriotismo, pela coragem e pela dignidade de falar a verdade sobre o caos da saúde no país e sobre o tipo de postura imoral e fantasiosa-manipuladora comandada pela mais calhorda classe política de nossa história.
Não tenho autorização para transcrever o seu breve discurso mas tenho a responsabilidade, dentro dos limites do alcance de minhas palavras e de minha particular interpretação daquilo que ouvi, de divulgar o nome desse senhor que me renovou as esperanças de que ainda existem esclarecidos no nosso país que não podem ser qualificados como canalhas cúmplices dessa sórdida classe política.
Muito obrigado, Sr. Fernando José Nasser, por ter gratificado as centenas de pessoas presentes com sua demonstração de coragem, dignidade e ética, não a “ética corporativista” que defende os cúmplices da destruição do nosso país, mas sim a ética contida em preceitos valorativos e morais que são os princípios fundamentais de sustentação de uma sociedade honesta e justa, atendida por um poder público que cumpra o seu papel de servir a todos pelo exercício de suas obrigações sociais, rejeitando a exploração, o roubo e a manipulação daqueles que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar a sórdida politicagem que domina o país.
Que os setenta e dois médicos e médicas da Turma 207 da UFF não esqueçam da mensagem de seu paraninfo e espelhem suas atitudes pessoais e profissionais no seu exemplo de dignidade, honra, caráter e ética.
Esperamos que esses jovens doutores e doutoras no exercício de suas nobres profissões ajudem a livrar o país da miséria moral que nos condena a sermos classificados como um Paraíso de Patifes.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 03-06-2013

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