IRÃ MUDA O PRESIDENTE, MAS NÃO
A VONTADE DE MANTER SUA TRILHA NUCLEAR
Francisco Vianna
A eleição de um presidente
iraniano aparentemente moderado e com especialização em assuntos nucleares –
que no passado chegou a expressar seu interesse em dialogar sobre as ambições
nucleares de seu país – tem criado uma expectativa considerável de que o Irã
possa mostrar nova flexibilidade quanto aos seus programas atômicos.
Não obstante, o Presidente
eleito Hassan Rouhani é um perene apoiador das ambições nucleares do regime
islamo-fascista do Irã e, apesar de não ser tão ‘bombástico’ (com ou sem
trocadilho) quanto seu predecessor Mahmoud Ahmadinejad, recebeu suficiente
confiança do Conselho Guardião dominado pelo clero islâmico para ser um dos
seis candidatos aprovados para o cargo, e nada com relação à sua campanha
sugere que ele irá contrariar o regime em questões de segurança.
As negociações entre o governo
iraniano e as nações do Ocidente foram suspensas há já meses. A eleição de
Rouhani em junho levou a um aumento de esperanças de um feito novo e
significativo, mas tais esperanças estão provavelmente para se dissipar.
Rouhani é sensível ao ônus financeiro acarretado pelas sanções internacionais
impostas ao Irã pela ONU e pode adotar em relação ao ocidente uma postura mais
razoável, mas não se deve esperar que ele advogue dentro do sistema político
atual do Irã em favor de uma mudança fundamental em seus programas, nuclear e
de mísseis balísticos, que ele continuará a apoiar, sem dúvida.
Título e Texto: Francisco Vianna (da mídia
internacional), 18-7-2013
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