terça-feira, 23 de julho de 2013

Sonhos de liberdade e democracia sendo desfeitos

Geraldo Almendra
Quando estava nos meus 32 anos vivenciei durante uma passeata na Rio Branco, o movimento para as Diretas Já, um sopro de esperança de viver em uma grande nação.

Candelária, Rio de Janeiro, 10 de abril de 1984
Minha visão não era de uma libertação do país de uma ditadura, mas sim da continuidade de um novo projeto para o país iniciado pelo Regime militar para uma nova sociedade livre da ameaça comunista e preparado para o grande salto que nos colocaria no círculo das grandes potências mundiais.

Começava a curtir uma outra vida com uma nova perspectiva de democracia, lindos momentos de novas esperanças de viver em um país rejuvenescido pela liberdade e pela justiça prometidas pela Abertura Democrática.
Perdi a conta de meus dias de luta como profissional e como formador de opinião por uma esperada meritocracia que valorizasse o empenho de cada um fundamentado na honestidade, na dignidade, na honra e no patriotismo.
Fiz muitos projetos, sonhos que aos poucos foram se dissipando no reconhecimento que meu país estava sendo destruído e degenerado por desgovernos civis ladrões e estelionatários que aos poucos iam destruindo as bases do Brasil como grande nação, construídas ao custo de muitas vidas durante o Regime Militar.

Não me esqueço que quando trabalhava em um banco multinacional, ao estranhar a presença de políticos em corredores reservados a clientes VIP, fui informado que os negócios de lavagem de dinheiro iam muito bem obrigado.

Pouco depois recomecei minha carreira em outro lugar deixando de lado um ambiente que me deixava enojado com a desonestidade daqueles que eram eleitos para ajudar o país a superar seus desafios.
As fundações de minhas esperanças de viver em um democracia plena, e com uma justa crença no cumprimento das leis e na honestidade de propósitos de governos que sempre acabavam demonstrando sua verdadeira face calhorda, foram, ao longo do tempo se dissipando a cada derrota do sonho de democracia para a ignorância gerada pela premeditada falência da educação e para a cumplicidade sórdida de esclarecidos canalhas que, na verdade, nunca pensaram a não ser no desfrute irresponsável e lesa-pátria das sobras monetárias das mentiras plantadas por desgovernos corruptos-estelionatários, que os faziam cada vez mais ricos usando o ilícito como padrão de formação patrimonial dando como reciprocidade suas alianças para a implantação do totalitarismo fascista.


Agora estamos ficando perdidos com um destino cada vez mais definido na rota desse regime genocida, resultado final de desgovernos petistas que estão enterrando de vez nossas esperanças que nasceram com os sonhos gerados no início da Abertura Democrática.
Minha mente e meus olhos vasculham uma explicação racional de como uma sociedade pode ser feita de idiota durante tanto tempo e porque as burguesias e oligarquias públicas e privadas se uniram para destruir seu próprio país ao serem fiadoras de desgovernos que fizeram do Brasil um Paraíso de Patifes e o poder público um Covil de Bandidos.

Meu coração está preso à minha pátria que tem suas estruturas sociais sendo corrompidas durante mais duas décadas por fraudes humanas que ficam milionários a cada dia que passa roubando o dinheiro público.
A luta de minha geração por uma verdadeira democracia, regida pelo mérito do estudo continuado e do trabalho honesto e digno, vem sendo sistematicamente destruída por traidores de minha pátria que utilizaram o poder político para fraudar o sonho de liberdade e democracia de uma nação.

Ao me deparar diariamente com uma majoritária omissão e covardia daqueles que poderiam reverter o triste destino que nos espera, começo a me sentir ofegante com o cheiro de uma sociedade apodrecida pela degeneração moral, dificultando minha respiração na luta para sensibilizar as pessoas de que estamos sob o manto de um Covil de Bandidos e que, se continuarmos sem fazer o que precisa ser feito, seremos destruídos pela barbárie humana da corrupção no seio de um projeto de poder fascista-totalitário.

Tento a todo instante ignorar a podridão que tomou conta de nosso sonho em virtude da Fraude da Abertura Democrática e procuro sentir o sopro de novas esperanças em um novo futuro, o mesmo que pensei que estivesse sendo construído na minha caminhada na Av. Rio Branco anos atrás.
Esse sopro de esperança está ficando cada vez mais fraco diante do silêncio daqueles que nos livraram do comunismo em 1964 mas que parecem agora estar na fronteira de pularem o muro do patriotismo para o lado negro de um regime totalitário fascista.

Por que não estamos todos lutando nas ruas para destituir esse Covil de Bandidos?
Por que as casernas não abrem seus portões para que os soldados se unam aos civis para salvar nosso país do controle de um Estado controlado por corruptos e estelionatários da política?
Os mais de 50 000 mortos por ano por responsabilidade direta de um poder público omisso e degenerado não é suficiente para que todos tomem a decisão de salvar o futuro de seus filhos e de suas famílias?
Título e Texto: Geraldo Almendra, 23-7-2013

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