Sem prejulgar o procedimento dos membros da Segurança Pública, sejam os
policiais civis e, principalmente, os integrantes das Polícias Militares, é
abjeta a Campanha para a desmoralização dos instrumentos empregados na
Manutenção da Lei e da Ordem.
Sem dúvida, a Campanha agigantou-se diante da energia dos Órgãos de
Segurança Pública para coibir os atos de vandalismo e destruição que têm
acompanhado a todos os tipos de manifestações, que em geral iniciam apenas com
os alaridos e as palavras de ordem de praxe, mas que breve se transformam em
descarado terrorismo.
Por certo, as manifestações pelo seu grotesco planejamento tiveram a
orientação de alguém ou de alguns que pretendem algo mais do que somente
provocar o caos.
É terrível, imaginar que grupelhos reforçados com ladravazes, com sádicos
e com bandidos de rude e baixa categoria cumpram as diretrizes de indivíduos
que resolveram lançar a balbúrdia no seio da sociedade. Mas ao que percebemos,
a patifaria é fruto de estratégicas intenções.
É flagrante que ao tentar coibir os manifestantes, quando eles transformam
suas pretensas aspirações em ações predatórias, os policiais militares
são abertamente considerados como os criminosos.
É sempre destaque que os policiais abusaram de sua autoridade aos se
defrontarem contra os inocentes vândalos.
É evidente que, por vezes, as atuações podem ter algum resquício da força
policial, em especial, quando parte da mídia fecha os olhos, descaradamente,
para as depredações e os atos de vandalismo dos inocentes terroristas, e
crucificam as atuações policiais.
Sem justificar a mão pesada das repressões policiais, contudo admitimos
que deve ser árduo, quase que diariamente prender marginais, muitos de menor
idade, arriscando a própria vida, para no dia seguinte vê-los soltos
praticando novos crimes.
Por isso, é desencorajante para aqueles policiais suportar a sua
constante desmoralização pela falta de uma atualização de nossas leis penais,
inclusive da idiotice que acoberta o menor criminoso, e a deplorável ação de
nossos magistrados na sua claudicante aplicação da justiça.
Este tipo de desgaste, que ocorre amiúde, enfraquecendo o próprio
policial, que pode, sem que isto seja uma justificativa, provocar na mente do
cidadão responsável pela repressão ao crime, agir em determinadas ocasiões com
indignada atuação.
Hoje, percebemos que um dos objetivos declarados dos responsáveis pela
realização das manifestações é a desmoralização de um dos principais
instrumentos para a Manutenção da Lei e da Ordem.
Quando abordamos este assunto, falamos com sofrida experiência, pois as
Forças Armadas há muitas décadas vêm sendo vítimas deste tipo de operação
psicológica, quando o terrorista é cunhado como herói e os repressores de suas
criminosas ações, tachados como torturadores.
Para aumentar a desmoralização dos Órgãos Policiais são comuns as
autoridades governamentais responsáveis se pronunciarem concordando que os
policiais militares “agiram incorretamente, com desusada violência”, e
nenhuma é capaz de apoiá-los.
Sim, conhecemos a deturpação de valores que nos impingem, nos acostumamos
a esquecer das vítimas de assassinos, para nos dedicar a preservar e a
justificar os pobres criminosos.
A recente reabilitação pelo Congresso, da memória de Carlos Marighela, um
ex-parlamentar e conhecido terrorista, que chefiou as mais violentas
organizações subversivas e autor do manual do guerrilheiro, é o exemplo
marcante de nossa indecorosa e nojenta inversão de valores.
Portanto, VIVA os manifestantes, apesar dos vandalismos e destruições que
acarretam, e ABAIXO os seus desalmados repressores.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 24 de agosto de 2013
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