quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mohamed Dajani: o moderado

Foto: Yossi Zamir/Flash 90
Mohamed Dajani traz sempre no carro o livro de Amos Oz, Contra o Fanatismo.
Para este ex-líder estudantil da facção palestiniana Fatah, “ser moderado quando o extremismo está na moda é totalmente revolucionário”, citado pelo diário israelita HAARETZ. Diretor do departamento de Estudos Americanos da Universidade Al-Quds (Jerusalém), lançou, em 2007, o Wasatia, um movimento político e social assente na moderação, pluralismo, justiça e democracia, conceitos que o Corão consagra, diz. Hoje, reconhece que “os palestinos não acreditam mais na política e nem no processo de paz”.
Mohamed Dajani nasceu em 1946, no bairro alemão de Jerusalém. Em 1948, quando os judeus ocuparam os bairros árabes, a sua família fugiu para o Egito. A sua casa, vazia, foi confiscada pelo Estado israelense.
Dajani estudou na Universidade Americana de Beirute e, em 1967, tornou-se dirigente da Fatah. Em 1975, o seu ativismo político levou as autoridades libanesas a expulsá-lo para a Síria. Saíu da Fatah e, em 1993, obteve um visto para voltar para casa.
Então, um episódio mudou a sua visão do conflito israelo-palestino. No hospital Hadassah, em Jerusalém, viu os médicos darem, ao seu pai e a outros árabes, a mesma atenção que davam aos pacientes judeus. “Foi a primeira vez que vi o lado humano dos israelenses”, diz.
Fonte: Courrier Internacional, setembro 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-