Francisco Vianna
Para mim, o Brasil é um lugar
de oportunidades, onde tudo costuma ir às mil maravilhas... Só tem um problema:
a maioria do povo é escrava do Estado. Essas pessoas pensam como escravos e,
portanto, acabam sendo. A maioria das pessoas no Brasil acredita que tem
direito a alguma coisa do governo e continua elegendo políticos populistas,
demagogos, que prometem facilmente qualquer besteira, como ônibus baratos,
mesadas, bolsas e outras benesses sem qualquer contrapartida que possibilite a
real ascensão social dos beneficiários, resultando tão somente num ato simples
e decadente de compra de seus votos.
Ora, isso leva a um círculo
vicioso de aumento enorme de impostos a cuja sombra o estado se vê inibido
de cobrar e arrecadar as contribuições específicas que necessita para custear
os serviços públicos que a Constituição do país determina serem uma
obrigação e atribuição do Estado.
Com tal círculo vicioso,
movido pela tendência socialista de levar o Estado a se ocupar do que não
está escrito que deva, a carga tributária aumenta sem freios, o tamanho do
estado continua a se hipertrofiar, e os serviços públicos essenciais permanecem
da pior espécie, enquanto o “custo Brasil” cresce à ordem de 350%, ao passo que
os salários caem em cerca de 25%.
O número de brasileiros
capazes de pensar de forma crítica também é bastante reduzido. Um trabalhador (de
fato, não os vagabundos que se escondem por trás do Partido dos Trabalhadores –
que deveria se chamar 'Partido dos Aproveitadores') que poderia economizar
400 reais por mês em transporte, não o faz por falta de transporte público
decente para quem realmente trabalha, e, mesmo ganhando proporcionalmente cada
vez menos, é obrigado a gastar cada vez mais para se locomover em cidades
caóticas repletas de automóveis. No Brasil, cada vez mais estatizado, o
custo de vida já é quatorze vezes maior do que a média dos países privatistas e
livres.
O mais frustrante é justamente
tentar explicar isso a um povo cujas pessoas não têm escolaridade mínima –
educação e ensino – capaz de entender essa e outras aberrações socialistas.
Mas, isso não tem sido um
apanágio apenas do Brasil. Modus in rebus,
e apesar de não tão ostensivamente, é o que os socialistas, acoitados no
Partido Democrata, estão tentando fazer também nos Estados Unidos da América.
Eles estão criando uma cultura – até ontem inexistente no país – de
dependência do Estado e que é o governo que tem a obrigação de prover tudo
para o cidadão. É o que estão tentando fazer, ou melhor, já têm feito de certa
forma.
A reeleição de Obama é
evidência de que mais de 50% dos estadunidenses não estão mais em condições de
pensar de forma crítica. É a evidência de que a educação pública está
direcionada nesse sentido.
Brasil e Estados Unidos da
América são países com a mesma idade aproximadamente, mas que se desenvolveram
de modo díspare em função das decisões políticas e econômicas – e, portanto, sociais
– que têm adotado desde que se livraram do jugo colonialista.
No norte, surgiu a maior
potência mundial atual, ao passo que no sul, surgiu um país que vive a
escorregar no retrocesso e a tentar restaurar regimes e práticas sociais que
não deram certo em lugar nenhum do planeta.
Tanto no norte como no sul,
parece existir um contingente de pessoas que, desinteressadas do trabalho e do
empreendedorismo, insistem em pensar como escravos de uma reduzidíssima
burguesia estatal – a que sonha pertencer – decidida a levar adiante um espúrio
tipo de ‘capitalismo de estado’ que, afinal poderá igualar os dois países por
baixo, caso a prática se generalize.
Esse filme eu já vi no século
passado, e o final não tem sido nada feliz para os seus protagonistas: a China,
a União Europeia, e inúmeras repúblicas latino-americanas. Entre essas últimas,
o Brasil é uma das poucas que ainda pode dar a volta por cima sem ter que virar
o mundo de cabeça para baixo... Como estão fazendo o Chile, a Colômbia e em
menor escala o Peru e o México.
Título e Texto: Francisco Vianna, 19-8-2013
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