segunda-feira, 30 de setembro de 2013

[Autárquicas 2013] Para encerrar o assunto


Mas antes, também quero brincar de “comentador”…
Qual é a “leitura nacional” dos “independentes” apoiados e incentivados por António Capucho? (Em Cascais, em Vila Nova de Gaia, em Sintra, em Aveiro…?) Algum deles ganhou? Que eu saiba, não!

Atribuir a larga vitória em Lisboa, de António Costa, do PS, ao Partido Socialista liderado por António José Seguro, ou é brincadeira de mau gosto, imbecilidade ou má-fé. Opto por esta. Quem ganhou em Lisboa foi António Costa.

Atribuir a larga derrota na Madeira, de Alberto João Jardim, do PSD, ao PSD liderado por Passos Coelho, ou ou é brincadeira de mau gosto, imbecilidade ou má-fé. Opto por esta.
Quem perdeu na Madeira foi Alberto João Jardim. (Se eu residisse na Madeira não votaria no PSD).

No Porto, a impressão que me fica é a de que Luís Filipe Menezes perdeu a eleição. Algo estranho aconteceu por lá. Agora, quanto à “independência” de Rui Moreira, me poupe! E também vaticino (não desejo) que, mais cedo ou mais tarde, acontecerá ao serelepe Rui Rio o mesmo que este fez a Pedro Passos Coelho: será atraiçoado por aquele. Quem viver, verá.

Enfim, deveriam ser MUITAS as razões que levaram o eleitorado em votar neste ou naquele. Posso brincar de elencá-las?
o   Confiança no candidato;
o   Por gostar do candidato;
o   Por fidelidade partidária;
o   Por gratidão;
o   Porque o parente recomendou votar nesse;
o   Por não gostar de nenhum outro candidato;
o   Por simpatia;
o   Porque o candidato prometeu determinada medida;
o   Porque o eleitor estava de ressaca alcoólica;
o   Porque o eleitor almoçara um baita leitão e tinha emborcado quase três garrafas de um branco frisante;
o   Porque se enganou no quadrinho;
o   Por birra com o cônjugue (votou no outro candidato);
o   (Acrescente aqui a sua razão)
o   E, finalmente, a única razão (conforme a “leitura nacional”): para derrotar o PSD ou o Passos Coelho, tanto faz.

Mas, vem cá!”, exclamará o generoso leitor, “ninguém votou no candidato que lhe pareceu ser o melhor para governar a sua cidade, a sua freguesia?” Não. “Esso, acá non ecsiste!”
As eleições autárquicas (para câmaras municipais e freguesias), em Portugal são a fingir, só para brincar. Ninguém está interessado na sua cidade, na sua freguesia, no seu bairro. Votam todos para primeiro-ministro!
Ah, para respeitar o título deste post, se o leitor quiser consultar os indesmentíveis números acesse este site.

Some todos os percentuais onde aparece o partido do atual primeiro-ministro (PSD), sozinho e em coligação com outros.
Repare, por exemplo, no percentual de votos no Partido Socialista, o da “retumbante vitória”, há quatro anos, quando estava retumbantemente no poder, com as eleições de ontem, domingo.
E tire as suas próprias ilações e conclusões.
Inté!

Comentário colado daqui:
Alexandre Carvalho da Silveira               
30 Setembro, 2013 12:42
Para além das câmaras municipais conquistadas e perdidas, e em 2017 haverá eleições autárquicas outra vez, o que fica são os votos que cada um recebeu. E aqui é que a “porca torce o rabo”: o PS não chegou aos 37%, e os partidos do governo PSD+CDS, estão com 35%. Os independentes estão com 6,7%, e se considerarmos que 80% dos independentes são da area do governo, isto é, ovelhas tresmalhadas que mais tarde ou mais cedo vão voltar ao rebanho, não quero ser demasiado optimista, mas o PS e o PSD+CDS devem andar perto do empate em intenções de voto, e isto depois de dois anos de políticas de austeridade, e dos erros de palmatória que o PSD cometeu na gestão destas eleições. Por isso, só o pateta Alegre, ontem pediu eleições antecipadas. Para que é que serviriam eleições legislativas numa altura destas?
Maior vencedor destas eleições: PCP, que conseguiu trinta ou mais câmaras com apenas 11% dos votos. Os maiores derrotados, são o Semedo e a Catarina que conseguiram a proeza de reduzir o BE à soma histórica dos votos PSR+UDP, ou seja, pouco mais de 2%.

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Um comentário:

  1. Comparando os resultados de ontem com os de 2009:
    PSD+CDS = Menos 576.861 votos
    PS = Menos 274.674
    PCP = Mais 12.679
    Independentes = Mais 119.187
    BE = Menos 46.187
    Branco = Mais 98.301
    Nulo = Mais 77.961
    Não-votantes = Mais 656.837
    Nota:
    Somei os votos de PSD e CDS + as coligações em que entram, dado me parecer irrelevante para o geral os pequenos partidos que os acompanham
    Não somei a coligação do Funchal PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN que teve 21.102 votos.
    Gabriel Silva, no blogue “Blasfémias”

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