domingo, 29 de setembro de 2013

E se de repente...

Jonathas Filho

Quantas bravatas proferidas tais como “gritos de guerra” causaram à nossa gente humilde tamanha empolgação e até rebuliço?
Quantas bravatas atingiram o ideário dos menos esclarecidos e fomentaram neles, como alvíssaras, instâncias de sonhos a serem realizados num breve tempo?
Tais bravatas excitaram tanto a plebe ignara que, aparvalhada, essa nossa gente humilde, deixou inclusive de questionar. Não deram mais valor aos vocábulos interrogativos QUE? QUANDO? COMO? ONDE? POR QUÊ?
Mas bravatas são efêmeras. Sem a consecução do prometido, todos se descobrem enganados. O enganado se revolta contra si mesmo, pranteando e repetindo, sua dor de ingenuidade!
E diz, soluçando sua lágrima na face rubra de indignação:
 - E eu acreditei!!!

E se de repente, o feitiço virasse contra o feiticeiro? E se de repente “alguéns” resolvessem “dar com a língua nos dentes” – como se dizia antigamente – e contassem tudo o que sabem, apresentando provas irrefutáveis, documentos e imagens, tudo pertinente, evidenciando e provando oportunamente, com o propósito de se beneficiarem com a delação premiada?

E se de repente a frágil justiça, “desse o troco e o toco”, rearmando-se e eliminando de si o sujo joio, separando-o definitivamente do trigo e tomando atitudes de julgar com imparcialidade, técnica, conhecimento e razão e exigir o cumprimento da sanção e o cumprimento da sentença exarada?

E se de repente todo mundo aplaudisse e não fosse só para inglês ver mas, para todo mundo saber que de fato, tais atitudes são reais e não o imaginário de qualquer sonho embalado numa madrugada morna mas, sem porvir.

E se de repente todo facínora se ajoelhasse com medo do leal xerife, e se de repente todo clamor atingisse o alvo, e se de repente todo irmão desse a mão ao outro irmão pois a causa de um é a mesma causa do outro?

E se de repente todos fossem um e um fosse todos?
Torço que até me contorço, de tanta vontade que isso aconteça.
Que a serenidade dos que julgam, permitam até uma drástica redução de pena do delator, coadjuvando com a intenção já demonstrada e para depois usar com muita propriedade, o reboque kilométrico necessário para conduzir toda essa malta ao que lhes faz jus: Cadeia sem direito a sursis, redução de pena ou regime semi-aberto. Com trabalhos forçados posto que, nunca trabalharam!

Chega! Basta! Que sejam chamados os heróis que nós não aguentamos mais tantos bandidos!
Você pode dizer que eu sou um sonhador mas, tenho certeza, eu não sou o único e por isso conclamo todos os sonhadores a continuar seu sonho mas, se juntando a nós para aumentar nosso grito e quem sabe... o mundo um dia poderá ser quase justo.
Si serins justitia
Título e Texto: Jonathas Filho, 29-9-2013

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