terça-feira, 19 de novembro de 2013

Atividade económica subiu em Setembro para máximo de mais de dois anos

Eva Gaspar 
 

Depois de em Agosto ter registado a primeira variação positiva em dois anos, o indicador de atividade económica do INE acelerou em Setembro, registando a variação mais alta desde Maio de 2011.

O indicador de actividade económica calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) acelerou em Setembro, fixando o valor máximo desde Maio de 2011, em 0,8%. É o segundo mês consecutivo que o indicador regista uma variação positiva, após mais de dois anos em retracção. Em Agosto, o INE tinha observado a primeira variação positiva em dois anos, de 0,3%.

De acordo com a síntese económica de conjuntura, divulgada nesta terça-feira, 19 de Novembro, observam-se diminuições menos intensas da actividade económica nos sectores dos serviços e construção e obras públicas e já um crescimento no da indústria.

O indicador quantitativo do consumo privado voltou também recuperar em Setembro, "reflectindo sobretudo o contributo positivo mais expressivo da componente de consumo corrente", e o indicador de investimento "diminuiu também de forma menos acentuada, em resultado da evolução das componentes de máquinas e equipamentos e de construção", refere ainda o INE relativamente às duas componentes do PIB que têm registado as retracções mais fortes ao longo desta crise.

Estes dados parecem apontar para um início favorável da actividade económica neste quarto trimestre. Os primeiros dados estatísticos, ainda preliminares, relativos ao andamento da economia no terceiro trimestre (em que Setembro se inclui) apontam para que o PIB tenha crescido 0,2% face ao trimestre anterior, em que havia progredido 1,1%, e que tenha recuado 1% em termos homólogos (por comparação com o segundo trimestre de 2012), o que traduz a quebra menos intensa desde o segundo trimestre de 2011.

Segundo as previsões do Governo e da troika, o PIB recuará 1,8% no conjunto do ano de 2013; já a OCDE espera uma quebra menos acentuada de 1,7%. Em contrapartida, Governo e troika esperam um crescimento de 0,8% em 2014, o dobro da previsão de 0,4% actualizada nesta terça-feita pela OCDE.
Título e Texto: Eva Gaspar, Jornal de Negócios, 19-11-2013 12h02

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