sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Dança macabra

Carlos Lira
A genialidade do artista mais uma vez se manifesta nesta belíssima música, numa clara demonstração de que é possível conceber o inimaginável e converter numa obra de arte. Neste caso, Saint Saëns nos brinda com esta dança macabra.

Fim do dia de todos os santos, primeiro de novembro, que cede ao dia de finados, dois de novembro. A música começa com as 12 badaladas do relógio da vida. Eis que um esqueleto emerge de um túmulo, dá a mão a outro esqueleto dando início a uma dança dos mortos ao som do violino tocado pela morte. Ao longo da noite todos os esqueletos saem de sua “morada eterna” para deliciarem-se daquele “luau” maravilhoso. No auge do festival, pode-se escutar o ritmo frenético dos ossos retumbantes acompanhando o ritmo da música. A aurora se avizinha, a promessa de um dia ensolarado, os toques finais do “violino da morte” convida a todos os convidados a recolherem-se em seus túmulos. O silêncio volta a imperar naquele campo santo. Uma música suave e envolvente anuncia a vinda dos vivos mortais que com braçadas de flores, uma saudade no olhar, irão enfeitar os túmulos dos entes queridos e recitarão uma prece por seus “descanso eterno”.

Vamos nos emocionar com esta demonstração de amor aos seres queridos que partiram, deixando em nós um vazio, uma eterna saudade e uma eterna gratidão.
Título e Texto: Carlos Lira, 01-10-2013

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