A genialidade do artista mais uma vez se manifesta
nesta belíssima música, numa clara demonstração de que é possível conceber o
inimaginável e converter numa obra de arte. Neste caso, Saint Saëns nos brinda
com esta dança macabra.
Fim do dia de todos os santos, primeiro de
novembro, que cede ao dia de finados, dois de novembro. A música começa com as
12 badaladas do relógio da vida. Eis que um esqueleto emerge de um túmulo, dá a
mão a outro esqueleto dando início a uma dança dos mortos ao som do violino
tocado pela morte. Ao longo da noite todos os esqueletos saem de sua “morada
eterna” para deliciarem-se daquele “luau” maravilhoso. No auge do festival,
pode-se escutar o ritmo frenético dos ossos retumbantes acompanhando o ritmo da
música. A aurora se avizinha, a promessa de um dia ensolarado, os toques finais
do “violino da morte” convida a todos os convidados a recolherem-se em seus
túmulos. O silêncio volta a imperar naquele campo santo. Uma música suave e
envolvente anuncia a vinda dos vivos mortais que com braçadas de flores, uma
saudade no olhar, irão enfeitar os túmulos dos entes queridos e recitarão uma
prece por seus “descanso eterno”.
Vamos nos emocionar com esta demonstração de amor
aos seres queridos que partiram, deixando em nós um vazio, uma eterna saudade e
uma eterna gratidão.
Título e
Texto: Carlos Lira, 01-10-2013
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