Um animal silvestre ou
selvagem sabe como se conduzir durante a vida. Sabe onde encontrar comida, água
e abrigo contra as intempéries. Se nenhum desastre ambiental ocorrer esse
animal durará, no mínimo, o tempo médio de vida da sua espécie. Na sociedade de consumo, mesmo que o
homem saiba se conduzir dignamente, se fortalecendo fisicamente,
emocionalmente, intelectualmente e se antecedendo aos problemas da
vida, tentando se proteger dos “desastres” econômicos, financeiros e/ou
políticos, se tornou muito difícil conseguir a longevidade que os seus
antecedentes tiveram. O “tempo fecha” a cada instante e nós
reagimos a isso, fazendo registros e posteriormente estatísticas para nos
precaver no futuro, mas nem sempre tudo o que acontece agora tem o mesmo padrão do passado.
Numa escala milimétrica, um
grau quase não faz diferença, entretanto, observem a projeção de um grau numa
escala quilométrica.
O que acontece no depois, que é o nosso agora, não era previsto no antes do passado e em 1982, quando da
fundação do AERUS, tampouco tínhamos referências que pudessem nos prevenir de possíveis situações iguais a esta
que vivemos agora. A idade adquirida ano a ano nos
enfraqueceu e nos tornou mais frágeis. Temos de ter cuidados maiores e
melhores.
Aquele pequeno degrau agora se
mostra imenso e assim temos de ter toda a prudência de não falsear o pé e
cair dentro do espaço aberto pelo enorme ângulo formado.
Metáforas à parte, tudo se
torna mais difícil, mais perigoso. Apesar de toda a verdade ser exposta,
demonstrando nossos direitos, as manobras de procrastinação tentam mudar a
“cor” dessa verdade para uma cor eufemística, esvaziando seu
sentido e paradoxalmente procurando torná-la menor e dissociá-la do direito que
fazemos jus.
Longevidade assim, como?
Não querem manter viva a
verdade e aproveitando-se de burocráticas rubricas, diligenciam com a
vagarosidade dos passos de formiga, e assim querem nos matar com o cansaço de
tanto esperar. Aproxima-se célere o final deste ano, e 2014 está prestes a
bater à nossa porta e entrar. Oito anos de lutas com tergiversações relativas
aos acordos propostos, acordos esses que não foram levados a cabo e nem
ao fato.
Delibera-se, delibera-se... e sempre promessas, nada mais que promessas e...
enquanto isso, o embuste pretende perpetuar-se.
Sobreviveremos para fazer
valer o nosso direito das nossas aposentadorias do Aerus, mesmo que só possamos
gritar? Estamos nos esforçando
nisso, fazendo valer o que Nietzsche
afirmou ao dizer que “aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes”. Sobreviveremos e
prevalecerá a verdade, o direito e a justiça... ainda que à tardinha.
Título e Texto: Jonathas Filho, Comissário Varig –
Aposentado Aerus, 26-11-2013
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