Bem vê o leitor que o
dependente de drogas curva-se ao seu uso por necessidades da própria alma. Tais
substâncias têm a diabólica faculdade de alimentar em muitos espíritos um
sentimento de plenitude, poder e superioridade que escravizam aqueles, cujo Ego
por deficiência de autoestima ou depressão, buscam um alívio rápido para tais
desconfortos. Como já se disse: ‘É o beijo de Deus”. Felizmente não somos todos
que temos necessidade de nos embriagarmos com a sensação de sermos deuses e
estarmos, mesmo que por momentos, acima do bem e do mal, portadores de verdades
e moral irrefutáveis, inatingíveis. Tais delírios de superioridade e grandeza
seduzem aqueles que, por razões de sua história pessoal, têm suas dores
psíquicas anestesiadas pelas drogas e os efeitos por elas induzidos.
Felizmente, nem todos necessitam do diabólico “beijo de Deus”, permitam-me a
blasfêmia.
Entretanto, nem só de drogas
químicas alimentam-se os espíritos fragilizados, caro leitor. O “serial killer”
e outros tantos bandidos encontram seus êxtases quando veem no olhar da vítima
a consciência de que vai morrer. Nazistas alimentavam seu delírio de
superioridade racial com os fornos crematórios, e comunistas russos com a
extinção de minorias étnicas, execuções em massa, tortura e por aí vai.
Esclareçamos então que a simples aceitação de uma ideologia totalitária e
onipotente, como o nazismo e o marxismo, já conferem ao “usuário” o delírio de
estarem acima da verdade e da mentira, do imoral e do moral e, sobretudo, da
dignidade do ser humano. O valor que a tudo submete é “o acerto da práxis”, ou
seja, o resultado da ação revolucionária pela causa. Por isso, a mentira, a
promoção do conflito e do ódio são o “feijão com arroz” de suas ações
políticas. Sentem-se deuses quando corrompem, enganam, promovem o conflito
entre classes e etnias, num vampirismo que vive do ódio.
Tais considerações que
compartilho com o leitor me ocorrem ao vermos as manifestações de arrogância
deliróide dos Mensaleiros que, enfim, após sua espúria “macrodelinquência
governamental”, conhecem o gosto amargo das grades. Com saudação socialista de
punho fechado para a militância, e arenga sobre suposta condição de “presos
políticos” após um “julgamento político”, não perdem a pose onipotente. Nada
falam sobre a CPI do Congresso, conduzida com dignidade ímpar pelo nosso
Delcídio do Amaral, ainda petista, a qual deu lastro ao STF para o maior julgamento
de sua história. É isso, leitor, uns têm o “beijo de deus” da droga química,
outros se esconderam por trás do “beijo da limpeza racial da humanidade”.
Nossos mensaleiros, ainda
orgasticamente, deliram com o beijo da “marcha da história para o socialismo” e
onde, na expressão do ícone Fidel Castro, “ recuperaremos na América Latina o
que perdemos no Leste Europeu”. Mesmo que em Cuba não haja indústria pesqueira,
pois ensejaria a fuga dos barcos para Miami. Droga, qualquer que seja ela,
química ou ideológica, é difícil abandoná-la. A realidade pouco importa.
Título e Texto: Valfrido M. Chaves, Psicanalista, Pós-graduado
em Política e Estratégia, 16-11-2013
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