terça-feira, 12 de novembro de 2013

Quem paga o pato?

Dê valor ao seu voto...
Valdemar Habitzreuter
Se pensarmos um pouco, a classe média vive uma situação escravizante. A escravatura, propriamente dita, foi abolida no país há mais de um século, mas uma escravatura branca persiste e insiste na modernidade brasileira. Esta escravatura é exercida pelo governo explorando a classe trabalhadora assalariada que mais contribui com impostos. Isto é, a classe média tem grande parte de seu salário surrupiada pela voragem sórdida e sem sentido de um senhorio chamado governo. Foi assim em todos os governos, mas, no governo petista, a coisa extrapolou. 'Nunca antes neste país' se arrecadou tanto em impostos, e a classe média é a vítima.

Aliás, a sordidez desse governo tem seu sentido: fundar uma republiqueta particular para que um grupelho sem escrúpulos possa locupletar-se no poder e que se exploda a democracia, se for o caso (daí a simpatia com o castrismo, chavismo, iranianismo, etc.). E para este fim usa o subterfúgio de um socialismo díspar, unicamente com propósitos eleitoreiros.

Não que todos nós brasileiros não mereçamos uma sociedade justa e equilibrada com a distribuição dos bens, mas que isto não se faça através de um planejamento escuso e corrupto que provoca o descontentamento de toda uma classe que há anos é explorada descaradamente em nome do bem-estar social geral, com justificativas da consecução da erradicação da pobreza. A classe mais explorada, escravizada e sofrida, portanto, é a classe média que fica com o ônus maior da dívida social brasileira. E é justamente a maioria da população.


A economia brasileira pode estar muito bem pela contabilidade do governo. Mas este progresso brasileiro, apregoado e alardeado como esfuziante e consistente e 'nunca antes vivido neste país', talvez não seja tão real assim. É notório a manipulação financeira ou a prática da 'contabilidade criativa', onde os números são camuflados para iludir os incautos. Propaganda enganosa?

Tudo isto preocupa a classe média, a mais atingida e esfoliada pelo impostômetro. Vejamos: A classe abastada, ou seja, os ricos com suas indústrias e negócios, em certo sentido, paira acima dessa situação e não se preocupa muito com os decretos escorchantes e desconexos do governo, contanto que tenha o aval para transferir o ônus que lhe cabe aos trabalhadores empregados. Suas polpudas doações, em época de eleições, fazem parte do esquema escravagista.

Na outra ponta situa-se a classe menos favorecida, ou seja, os pobres carentes de escolaridade por culpa do governo e, portanto, excluídos do processo do desenvolvimento brasileiro por falta de emprego decente. Eles, no entanto, participam, pelas graças do governo, do consumo do bolo econômico, embora não contribuam com ingredientes para seu feitio. É a banda dependente das benesses do governo e assim querem permanecer, mamando nas tetas do governo. Este por sua vez não procura desfazer os laços de dependência, já que lhe garante a permanência no poder.

Restam os trabalhadores, ou melhor, os escravos que constituem a classe média. A eles é imposta a tarefa de sustentar a máquina governamental. Enquanto os ricos e os pobres são agraciados pelas benesses do governo - incentivos de tudo quanto é tipo aos ricos e dádivas monetárias aos pobres, sem a concorrência do mérito -, a classe média paga o pato para sustentar este status quo, com a contribuição de altos impostos.

É uma vergonha. Um país que se diz democrático e com promessas de promover o bem-estar de seu povo, é na verdade um país onde um grupo de crápulas mantém refém uma classe de trabalhadores que já dá sinal de sufocamento e impaciência. Quando explodirá a bomba? Ou já está explodindo (nas ruas)?

Já se deu conta, caro trabalhador assalariado, a quantia descontada por mês na sua folha de pagamento com a sigla IRPF? Sabe para onde vai esse dinheiro? Será que ele tem algum destino realmente beneficiente e que você, de boa vontade, possa dizer amém, porque está sendo bem empregado?

Nos países europeus (Alemanha, Suécia, Suíça, Dinamarca, etc.) a tributação também está lá nas alturas, mas a diferença é que lá o povo sente-se protegido e beneficiado em todas as áreas sociais de responsabilidade do governo: na saúde, na educação, na segurança pública, no transporte coletivo, malha viária de boa qualidade, etc. etc. etc.

É justo que seu dinheiro se destine a mensaleiros corruptos e para pagamento de altos salários de funcionários públicos sem que você tenha em troca um serviço de qualidade? Reflita, no ano que vem tem eleições... ou quer continuar a pagar o pato sem receber nada em troca?
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 12-11-2013

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