terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A cobardia dos que se escondem no anonimato – II


Luisa Castel-Branco
Há duas semanas publiquei aqui um texto com este título. Li os comentários no Destak online e continuo espantada. Não sei se hei de rir ou preocupar-me profundamente com as respostas a este texto de opinião. Mas depois pensei que sempre houve e haverá pessoas estúpidas e é bem mais difícil encontrar gente de bem que gente idiota.

Tenho respeito por todas as opiniões, mesmo que discorde totalmente daquilo que outros dizem ou escrevem. Mas confesso que apelos a que Portugal tenha uma extrema-direita à Le Pen, ou ataques à democracia, identificando-a como mãe de todos os males, parecem-me tão absurdos que espero sinceramente que não valha a pena perder tempo com estas afirmações.

Também encontrei, finalmente, a justificação para a proliferação de blogs puramente difamatórios, anónimos ou com falsos nomes: a PIDE anda aí e o governo depois cai em cima das pobres almas.

Depois há a tão habitual dicotomia. De um lado os bons e do outro os maus, em que me incluo. O que me leva a abordar um outro assunto. O quanto as pessoas pensam que sabem sobre os outros, quando na verdade não sabem nada.

Há (e estou a fazer uma suposição) trinta ou pouco mais pessoas que enchem as páginas das revistas cor-de-rosa, e agora dos jornais, que já todos partilham da mesma necessidade de falar sobre o nada.

Não me encontro entre estas pois raramente é fotografada em eventos, por opção própria. Não que haja qualquer mal em lá estar. Todos estes momentos da vida social permitem encher as páginas das revistas cor-de-rosa e outras, que ninguém lê mas por acaso são as mais vendidas em Portugal.

Mas estou incluída nas ditas “figuras mediáticas” quer eu queira ou não. Por isso mesmo as pessoas acham que sabem da minha vida, da qualidade da mesma, dos meus proventos, enfim, quem eu sou.

O engano é total e haverá muita gente que gosta que assim seja. Eu não. Em inúmeras entrevistas que dei nos últimos catorze anos, isto é, desde que comecei a trabalhar em televisão, nunca tentei ser ou ter o que não sou ou tenho.

Conclusão: Também os pobres viciados no mundo virtual e anónimo precisam de histórias felizes, mesmo que não as sejam. Haja paciência para isto tudo!
Título e Texto: Luisa Castel-Branco, Destak, 25-02-2014

Um comentário:

  1. ESTE COMENTÁRIO E O BLACK BLOC ESCREVENDO NO COMPUTADOR ILUSTRA MUITO BEM AQUELES QUE PROVOCARAM O AFASTAMENTO DE PESSOAS GENEROSAS, SOLIDÁRIAS QUE ESTAVAM TRABALHANDO PARA QUE OS APOSENTADOS DO AERUS TIVESSEM FORÇA E ORGANIZAÇÃO PARA LUTAR CONTRA O O GOVERNO DA PRESIDENTA QUE ESTÁ QUERENDO QUE OS APOSENTADOS DO AERUS SE EXPLODAM!!! ESSES BLACK BLOCKS NÃO TIRARAM A MÁSCARA E NÃO APARECERAM PARA SUBSTITUIR AQUELES QUE ELES CRITICAVAM MAS LUTAVAM EM BENEFÍCIO DO GRUPO. AGORA, É SILÊNCIO ... E COVARDIA! Alberto José

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-