quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Venezuela no “Entre Aspas”


Álvaro P. de Cerqueira
Prezados professores José Augusto Guilhon e Igor Fuser,
No debate com Mônica Waldvogel o professor Fuser disse que a Venezuela é uma democracia. Porém, no texto abaixo, uma tese para formatura em Relações Internacionais do aluno Vinícuius Vargas de Vasconcelos, em 2009, na UFRS, ele escreveu:

A postergação do referendo permitiu a Chávez se reabilitar perante seu eleitorado, conquistando uma vitória significativa no escrutínio de 2004. A ampliação das políticas sociais possibilitou a consolidação de sua plataforma governamental, apesar da imprevista derrota no plebiscito de 2007. Insistindo em alcançar seus objetivos, convocou novamente uma consulta popular para aprovar a reeleição ilimitada, sustentando que o “socialismo do século XXI” precisava de tempo para ser solidificado. A concretização desse projeto pode ser extremamente nociva para a Venezuela, pois fere um dos preceitos da democracia: a alternância de poder.

Dois grifos meus. É evidente que a prolongada permanência no poder tornou o regime totalitário. Sem falar que Chávez substituiu vários membros do judiciário por pessoas de sua confiança, acabando com a independência desse poder, o mesmo fazendo com o Congresso, com a distribuição de benesses, uma espécie de mensalão bolivariano.

Chávez também criou uma milícia armada que intimida muitos cidadãos e eleitores na época de eleições.

E fez ferozes ameaças aos canais de TV e à imprensa independente.

Fora isso, o Napoleão de Hospício Chávez estatizou muitas empresas, que perderam por completo sua eficiência, e desmantelou o parque produtivo do país, tendo que importar quase tudo e criou agudo desabastecimento, faltando até papel higiênico. A inflação disparou e é a maior da América Latina. É natural, então, que o povo queira ver o sucessor de Chávez, ex-motorista de caminhão Nicolás Maduro, mais palhaço do que Chávez, fora do poder. Nada mais legítimo e natural para um dirigente iletrado, sem a mínima noção do funcionamento da economia.

O resultado é que a Venezuela, que tem, segundo corre na imprensa, a segunda maior reserva de petróleo do mundo, ficou com a economia devastada e tem de importar tudo. O desabastecimento é muito grave, demonstrando que o regime semi-comunista chamado Socialismo Bolivariano do século XXI, é um completo desastre. E de democrático não tem absolutamente nada. Espero que o povo da Venezuela se livre desse regime e de Maduro, assim como nós precisamos alijar para sempre o PT, Lula e Dilma do poder, pelos mesmos motivos. Muito obrigado.
Atenciosamente.
Texto: Álvaro P. de Cerqueira, Adm. pela FGV-SP (1962), Belo Horizonte, MG, 20-02-2014

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Venezuelanos, os vossos esquerdistas escrevem que vocês são de extrema-direita e golpistas!

2 comentários:

  1. "Debate" muito fraco. O da esquerda, Igor Fuser, esquerdista, só fez defender a "democracia" bolivariana e atacar, tangencialmente, o STF. Não foi de graça a menção a Gilmar Mendes...

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  2. Lembram o que afirmou o Senhor Igor sobre a Venezuela ser a maior democracia do mundo?
    Olhaí o maior democrata do mundo em ação:
    Maduro anuncia que se ha iniciado el proceso administrativo para sacar de Venezuela a CNN

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