Passeava pela praça quando um
homem chamou-me a atenção. Parecia estar em estado de êxtase! Aproximei-me.
Aparentava uns setenta anos, mas havia algo de diferente naquele homem. Seus
olhos, sim, seus olhos, demonstravam uma alegria intensa. Perguntei-lhe: “Bom
homem, por que tanta alegria em teus olhos?”
Respondeu-me: “Há poucos dias, estava eu sentado no sofá de minha casa, quando ao olhar para o teto, senti em plenitude o que seria a morte. Eu, que temia a morte, neste breve e fabuloso momento, senti em totalidade o que seria a morte. Algo indescritivelmente libertador e prazeroso.”
Disse-me também: “Ah! naquele momento eu queria ir sem licença pedir, mas de um momento e estalando os dedos, voltei. Voltei para contar a você e para quem mais quiser saber, que eu que temia a morte, mas passei a amar a morte”.
Agradeci-lhe o convincente
relato e, após aquele momento, também aprendi que não seria mais temer a morte,
mas sim amar a morte!!
Título e Texto: Ivan A. Ditscheiner, 27-02-2014
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