quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Perdi a esperança

Fofoca: “Cala-te Esperança, aqui não tens mais vez!” Gritou a Desesperança.
Carlos Lira
Caro ex-comandante da Varig, o que posso lhe dizer diante desta realidade tão obscura, tão mesquinha e tão sofrida? Que o senhor continue a sofrer, com esperança no coração mesmo sofrendo? Ou parar de esperar para não sofrer mais? Como parar de sofrer se o sofrimento é o mesmo quando se espera ou até mesmo quando se desespera diante deste caso AERUS? Meu nobre Senhor Comandante, pare de escutar-se em seu desengano interior! Nada escute! Procure reacender a chama da esperança catando graveto por graveto em meio a este terreno pantanoso, preservando fagulha por fagulha e espantando a desesperança que teima em destruir esta sua chama que clama por uma solução favorável diante do QUASE, que vira um “não quase”, de uma solução anunciada que “o não ainda é agora” e do não total que nunca vem... Como anda o herói de sua alma, meu nobre comandante? Não permita que ele pereça mesmo sabendo que muitos dos nossos “pereceram”, mesmo alimentando a esperança do dia a dia, consecutivos, nestes OITO anos de dor...

Quantos anos de trabalho, impostos pagos, INSS em dia, Previdência Complementar paga sem falha, para hoje... O seu herói interior sofre uma frustração solitária pela vida que o senhor mereceu, meu comandante, mas que lhe fora negada pelos ladrões do povo, de um governo cruel e insensível; foi isto que o senhor mereceu meu ilustre homem do ar, tornando-se incapaz de alcançar o mundo conquistado, pois ele existe, ele é real, ele é palpável mas que lhe fora surrupiado...

Foto: Francisco Barros
Hoje, por não viver sua esperança de um idoso feliz, fazendo jus ao provento que lhe é devido, comovido, o senhor transformou em estátua a sua esperança, colocando-a num pedestal secreto, onde ao sabor de pensamentos fugidios a sua dor foge e a esperança renasce como uma criança no albor da vida... Eisa sua foto clicada, na praia de mar tranquilo, ondas vadias, o senhor deu-nos as costas, assim sua criança ordena: “não quero aparecer, me nego!” Tão cauteloso fez-se em seus cuidados de não mostrar-se ao mundo, que por zelo demais, ficaram à mostra o uniforme da companhia aérea que tanto amou, a bagagem, tudo isto irremediavelmente grudado à sua vida de um infeliz aposentado... Fez-me chorar, sabia, minha bela criança sofrida? Mas eram tais os seus cuidados com a estátua esperança, tão grande a dor de não poder vivê-la, que em um determinado dia, em desespero o senhor decidiu-se: Mato-a, maldita esperança! E foi assim que triste como uma noite chuvosa, em meio às pragas e maldições, abriu seu coração diante da estátua Esperança porque estava cansado de muito esperar...

Nobre comandante, junte os cacos do que resta da estátua Esperança e una-se a nós nesta SEXTA-FEIRA, (28 de fevereiro) una-se a este mundaréu de aposentados maltratados por este (des)governo cruel! Vamos gritar, vamos pular (os que podem pular), vamos mostrar à população o DRAMA que sofre o infeliz aposentado brasileiro! Idosos sofredores, que em meio a tantas dores, poderiam ter desesperança para não se decepcionar com o medíocre. Seria um toque menor de indiferença, mas esta seria a solução de como estes miseráveis aposentados gostariam de vivenciar as coisas e os momentos... Por isto, sofremos a pena máxima por tamanhas esperanças e esperarmos coisas que muitas vezes deixam de acontecer... Como este ano é o ANO das eleições, quem sabe? Uma notícia ALVÍSSARA há de nos acometer!...

“O medo, a desesperança, o fracasso e a descrença deveriam ser aniquilados do ambiente humano, pois sob nenhum aspecto faria falta ao ser humano”.
Título e Texto: Carlos Lira, 26-02-2014


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5 comentários:

  1. O último encontro público , em Copacabana , dia 09 de fevereiro , reuniu desenove pessoas , transparecendo que os ex-empregados da Varig seguem desgarrados , descrentes , desunidos . O afastamento da crença no Altíssimo com a fé "em baixa" faz com que boa parte dos assistidos se sintam desesperançosos .
    Mas é nos momento difíceis que deve-se crer em deus , esperar em deus e vencer com deus. Diante do êxito , jamais esquecer o maior dom dos humanos : A gratidão.
    Felizes os que conhecem a onipotência do Grande Arquiteto, que não abandona ninguém . Nem os da aviação comercial .

    Abração.

    Sidnei Oliveira
    Assistido Aerus - RJ

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  2. Esse texto do Carlos Lira mais uma vez demonstra sua grande alma, sua sensibilidade.
    A história do Cmte é muito triste, mas a desunião dos variguianos é pior ainda.
    Lamentável.

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  3. Vera, permita-me, por favor.
    A "desunião" e a "heterogeneidade" (lembra desta palavra, milhares de vezes proferida em galleys, lobbies e "happy hour"?) é perfeitamente normal num grupo de milhares de pessoas. Eu resumiria, presunçosamente, em "diferenças de opinião".
    É claro, e tenho que mencionar, apesar do que foi escrito acima, existe um mínimo que, paradoxalmente, paira acima: a ética profissional.
    Vera, convivi com dois grupos: um, tinha, outro, não.
    Agora, estamos como sempre estivemos e fomos, o que não seria nenhum problema, se não fosse a insidiosa 'liderança' do Sindicato Nacional dos Aeronautas, gente formada e formatada por essa caterva petista, cutista (e esquerdista) que resume tudo a "se não estás comigo, és meu inimigo".
    Por favor, pense no comportamento e postura dessa gente que, jamais, se dignou ou curvou em apoiar, ajudar, vibrar... com as iniciativas espontâneas que o grupo espoletava... Nunca!
    Ih... vou concluir:
    Só teremos êxito, por menor que seja, quando essa turma sair da NOSSA frente!
    A 'desunião´, querida Vera, está aí: tem gente que acredita que (só) essa turma conseguirá fazer acordo, que conseguirá nos tirar do lodaçal em que estamos...
    E tem gente, na qual me incluo veementemente, que não acredita e... não quer que petistas e cutistas (e subservientes outros) continuem à nossa frente!
    Carinho./-

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  4. heterogeneidade? a finalidade de todos não é receber, o que tem direito do Aerus?

    bjs janda

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