Quase acreditei que não era
nada, ao me tratarem como nada.
Quase acreditei que não seria
capaz, quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz.
Quase acreditei que não sabia,
quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.
Quase acreditei ser diferente,
entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre tantos que eram
chamados e escolhidos.
Quase acreditei estar de fora,
quando me deixavam de fora porque... que falta fazia?
E de quase acreditar adoeci; busquei
ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.
Procurei a cura em toda parte
e ela estava tão perto de mim.
Me ensinaram a olhar para
dentro de mim mesmo, e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam
diferente.
E acreditei profundamente em
mim.
E tenho como dívida com a vida
fazer com que cada ser humano se perceba, se ame, se admire de si mesmo, como
verdadeira fonte de riqueza.
Foi assim que cresci:
acreditando.
Sou exatamente do tamanho de
todo ser humano.
E por acreditar perdi o medo
de dizer, de falar, participar e até de cometer enganos.
E se errar?
Paciência, continuo vivendo
por isso aprendendo.
E errar é humano.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
25-03-2014
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