Tavares
Moreira
1.
Foram precisos 4 anos – 4 longos anos de trabalhos forçados, de
Março de 2010 a Março de 2014 – para a taxa de juro implícita na
cotação da dívida pública (yield), ao prazo de 10 anos,
voltar abaixo de 4%...
2.
...quantas canseiras, quantos sacrifícios, quantos ajustamentos, por
vezes brutais, tiveram as Famílias e Empresas necessidade de
realizar, ao longo deste período, para sanar os desequilíbrios que
uma política económica - que chegou a atingir patamares de perfeita
insanidade na recta final para o colapso financeiro - permitiu
acumular e arrastar irresponsavelmente!
3.
Só o Estado (conjunto das Administrações e Empresariais do
Estado), na sua altaneira poltrona, permanece quase intacto, embora
ironicamente apareça agora como principal beneficiário daquele
trabalho quase heróico de ajustamento que Famílias e Empresas se
viram forçadas a fazer para sobreviver...
4.
...Estado cuja Reforma permanece tranquilamente depositada em
congelador, aguardando que alguma “alma caridosa” a retire desse
lugar e a transfira para o “micro-ondas”, para ganhar temperatura
e pôr-se finalmente em movimento...
5.
E ainda há quem, neste paradoxal “environment” , em que aos
outros agentes económicos foram e continuam a ser impostos todos os
sacrifícios e obrigações de ajustamento – dos quais o Estado
retira o principal benefício quase sem custo – entenda que a
“solução” para os problemas do excesso de Estado seja, sem
mais, a reestruturação da dívida pública...esquecendo a
Reforma...
6.
...”solução” que nos iria de novo lançar na turbulência
financeira, obrigando a repetir, com acrescidos sacrifícios o penoso
exercício do ajustamento (sempre à custa dos mesmos, nem vale a
pena lembrar...)! É de pasmar, ó gentes!
Título e Texto: Tavares Moreira, "4R – Quarta República", 28-03-2014
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