Cheio
de claustros, sombras, arcarias,
Aonde
a pedra em convulsões sombrias
Tem
linhas dum requinte escultural.
Os
sinos têm dobres de agonias
Ao
gemer, comovidos, o seu mal…
E
todos têm sons de funeral
Ao
bater horas, no correr dos dias…
A
minha Dor é um convento. Há lírios
Dum
roxo macerado de martírios,
Tão
belos como nunca os viu alguém!
Nesse
triste convento aonde eu moro,
Noites
e dias rezo e grito e choro,
E
ninguém ouve… ninguém vê… ninguém…
Florbela
Espanca
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