O nosso grupo se compõe
eminentemente de pessoas das mais variadas tendências culturais pelas quais
cada qual representa a comédia da vida, e, assim, apreciar o dom da existência.
Uns fazem isto ouvindo Led
Zepelin, Stones e Beatles para sentirem-se animados para tudo; outros se
interessam por filosofias de vida de tendências as mais variadas; outros ainda
- embora poucos - da maçante e profunda filosofia racional pura, lendo Kant,
Nietsche, Heidegger e outros pesos pesados - leitura muito profícua para
dilatar os horizontes na compreensão da vida e encenar com mais tempero a
comédia da vida.
Nós, velhinhos e velhinhas do
Aerus (rapazolas e balzaquianas), estamos encenando o ato mais importante de
nossa existência, talvez o ato final: a reconquista das perdas que em algum
momento da comédia da vida tivemos o desprazer de encenar e sentir na carne
seus flagelos. Este momento ou ato infortúnio foi na cena de 2006 quando foi
decretada a intervenção no Aerus e a conseqüente dissolução do mesmo até
minguarem as reservas pecuniárias em definitivo, o que dentro de alguns meses
irá acontecer.
Tudo faz parte da comédia da
vida: alegrias e tristezas. O que importa é que mantenhamos um espírito jovem
que possa dirigir com determinação o corpo que lentamente vai cedendo aos
apelos da decrepitude. Temos exemplos dentro de nosso grupo de espíritos
audazes que se agigantam quando se trata de clamar por justiça e enfrentar um
Golias que se ostenta o todo-poderoso. Nossos Davids (José Manuel, Paulo Resende, Jonathas Filho, Bolognese e
outros tantos figurantes... talvez peque por não citar a todos – seria longa a
lista) fazem um papel impecável para que o ato final tenha seu momento de
glória.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 30-05-2014
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