sábado, 24 de maio de 2014

À memória de Ulina

Sonho, ou velo? Que imagem luminosa,
Esclarecendo o manto à noite escura,
A meus olhos pasmados se afigura,
Sopeia a tua dor, alma saudosa!

De mais vistoso objecto o céu não goza,
A clareza do sol não é mais pura...
Que encanto! Que esplendor! Que formosura!
Caiu-te um astro, abóbada lustrosa!...

Sorrisos da purpúrea madrugada,
Vós tão gratos não sois... Ah! Como inclina
A face para mim branda, apiedada!

Refulgente visão, tu és de Ulina;
Tu és cópia fiel da minha amada,
Ou reflexo talvez da luz divina.


Bocage

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