quarta-feira, 28 de maio de 2014

À morte de sua irmã D. Maria Eugénia Barbosa du Bocage, falecida na flor da idade

De radiosas virtudes escoltada
Deste imaturo adeus ao mundo triste,
Coa mente no almo pólo aonde existe
Bem, que sempre se goza, e nunca enfada:

Á fouce, a segar vidas destinada,
Mansíssima cordeira o colo uniste;
O que é do céu ao céu restituíste,
restituíste ao nada o que é do nada:

E inda gemo, inda choro, alma querida,
Teu fado amigo, tua dita imensa,
Que em vez de pranto a júbilo convida!

Ah! Pio acordo minha mágoa vença;
É cativeiro para o justo a vida,
A morte para o justo é recompensa.


Bocage

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