sexta-feira, 13 de junho de 2014

A Guru e a bola

José Manuel
Alhos não se misturam com bugalhos, e este ditado antiquíssimo que significa mais ou menos que quem não tem competência não se estabelece, outro do mesmo quilate, foi esquecido ou talvez nunca aprendido pelo pobre intelecto partidário, que aí está plantado no governo e fazendo das suas.

A constatação deste fato foi vista por mais de três bilhões de pessoas ao redor deste planeta.
O tiro no pé ou pisada na bola, como queiram começou lá atrás, em 2007 quando um grupelho intelectualmente baixo, achou que poderia e bastava um circo, para que a perpetuação no poder estivesse garantida.
Ledo engano, pois até para se fazer circo de boa qualidade tem que ser apto a tal e o Cirque du Soleil, está aí para que todos constatem o fato.

Políticos e bola não se misturam pois os primeiros são colocados no poder por uma sociedade, para que os governem.
O segundo, a bola, é meramente um ato esportivo, cultural e que independe dos primeiros.
Para que em certo momento histórico, uns possam se fundir aos outros, é necessário que o povo esteja feliz, que as suas necessidades básicas como educação, saúde, saneamento, comercial, industrial, desenvolvimento humano, mobilidade urbana, estejam sendo atingidas em sua plenitude por aqueles em que o cidadão confiou o seu voto.

Não é o caso e a abertura deste evento Fifa 2014 o mostrou claramente em vários momentos. São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas têm verdadeiros artistas em shows já proclamados como os maiores espetáculos da terra.
O governo, ao colocar um francófono belga para executar o projeto da abertura, mais uma vez trocou as bolas e esqueceu que a Bélgica faz um delicioso chocolate e... só.

A pobreza artística e a falta de consistência do show de abertura, que já é considerado um dos piores de todas as copas, quando, na verdade, poderíamos ter dado um "show de bola" no assunto em questão. 

A seguir o que se presenciou, não tem paralelo em outras copas, pois além das vaias, o uso de termos chulos eofensivos a um dignatário, vem mostrar o quanto os torcedores, que eram na sua quase totalidade os burgueses patrocinados e subsidiados por um governo que adora dar esmolas aos seus cidadãos mais pobres, demonstra que até para essa classe privilegiada, e as fotos deles estão em todos os lugares para que se veja, foram gastos, segundo o TCU, R$ 28 bilhões, está descontente com um governo centralizador, manipulador, e desorientado com as necessidades do país.


Vemos então, que para os desafortunados, ou seja a grande maioria da população, que não pode nem chegar perto das arenas milionárias, são gastos só em armamentos e uniformes de tropas de choque para 10 mil homens e para reprimir as justas reivindicaçôes desses cidadãos, um montante tal que elevará os gastos para R$ 33 bilhões, quantia essa jamais gasta em benefício dos próprios cidadãos, de uma só vez.

Antes do início deste evento bilionário em um país pobre e carente, a dignatária afirmou em rede nacional de televisão, paga pelo contribuinte, que não iria tolerar violência ou vandalismo por parte daqueles que estão pagando os valores anunciados.
Esqueceu porém de dizer que a violência e o vandalismo protagonizado por seu governo contra os indefesos idosos do AERUS, não tem par na história recente do país e é mais uma mancha indelével a ser contabilizada em sua infame administração.

Enquanto isso, o banco Central faz uma previsão de que este ano de 2014 os gastos no exterior pelos brasileiros baterão novo recorde e que a conta ficará em déficit de 80 bilhões de dólares, algo inimaginável se cambiado em Reais.

É o resultado de mais uma política cambial errada pois ao desvalorizar o dólar frente ao Real com o intuito de trazer turismo para o evento da Fifa e equilibrar a balança, provocou a maior evasão de divisas de que se tem notícias.
O resultado imediato vem pela informação do IBGE, de que o mês de abril, foi o pior mês para o comércio varejista, desde 2001.
Ora, se o comércio é quem mais gera empregos e é a locomotiva que impulsiona o país, então o trem está parando pois o número de lojas fechadas já é incalculável a este momento em todos os Estados da federação.

Com relação à arena milionária de Itaquera, paga com dinheiro meu e seu, alguém precisa dizer aos jovens jogadores, que golpes baixos para cavar penalidades, são prerrogativas do atual governo e que, apesar do exemplo vir de cima, eles não precisam disto para mostrar um bom futebol.

Voltando ao AERUS, gostaria de lembrar aos atuais governantes, que a nossa vitória já foi assegurada por um placar de 5 a 2, o que foi uma goleada!
Mas em outubro, acontecerá a grande final, com mais uma goleada dos velhinhos do AERUS, e o adeus eterno a essa politicalha governo-futebolística.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante VARIG, 13-06-2014

2 comentários:

  1. A presidenta, hoje chamada de "FUDECA" protagonizou um papel inédito e vergonhoso até, raramente visto entre dignatários em tempo de paz e de Copa do Mundo. Ela não abriu a solenidade e permaneceu escondida, refastelada nas confortáveis poltronas colocadas para o seu conforto! Mesmo assim, ela foi vaiada e hostilizada pelos torcedores. Assim, eu repito: Quem bate em muitos não lembra em quem bateu, mas quem apanha jamais esquece de quem lhe bateu !!!

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  2. Se no lugar da búlgara púrpura, o presidente fosse o Fernando Henrique, por exemplo, a vaia seria uma expressão legítima da vontade popular e deveria ser cantada em prosa em verso. Como o presidente do turno é da turma, quem vaiou é um branquelo canalha, inimigo dos pobres e dos amigos dos pobres. Esta gente é pura perda de tempo. Sem nenhum apreço pela lógica ou pela verdade, usam as palavras como arma para a tomada ou a manutenção do poder; nada além disso.

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