sábado, 21 de junho de 2014

Um mea culpa de Dilma?...

Valdemar Habitzreuter
Fomos abduzidos pela magia do futebol desta Copa. Nada nos importa mais neste momento do que deixar-nos levar pelas emoções intensas da arte do futebol, muito bem aprimorada nesta edição de 2014 e realizada na casa Brasil. Os vários países que vieram mostrar sua arte estão fazendo bonito. O Brasil, como anfitrião, quer destacar-se; esperemos que o consiga.

Mas, não só de emoções vive o ‘homo sapiens politicus’, e sim, também, de estratégias que o levem a uma organização civil para o bom convívio em sociedade. Há inquietações neste sentido, pois nossas forças políticas representadas por vários partidos estão em descompasso com a vontade popular por mudanças. O povo foi para as ruas gritar por mudanças, mas a classe política está imersa em seu sono dogmático de achar que tudo está bem para o povo. Agora, com a chegada da campanha eleitoral, verifica-se um tênue despertar para ouvir a voz do povo.

Assim, a presidente Dilma está vindo com a proposta de mudanças com continuidade. Será isto um ‘mea culpa’ por tantos anos de falsidades ideológicas petistas? Mas que diabos quer ela agora com mudanças com continuidade? Se ela quer mudanças ela não pode querer a continuação desse estado de bagunça social que se instalou em seu governo petista com estas diretrizes socialistas à maneira ‘bolchevique”. Ela deveria propor, isso sim, mudanças sem continuidade dessa podridão e caos social.

Mas o PT não quer dar o braço a torcer, acha que foi o artífice de melhorias sociais ao longo de seu governo. Quer ignorar e apagar o impulso inicial que determinou e indicou o caminho por mudanças que se deu antes de o PT se instalar no poder; não tem a humildade de aceitar de que foi o Plano Real que deu novo ânimo e esperança para os brasileiros.

Embora o PT, disfarçadamente, tenha dado, em certa medida, continuação à política econômica do governo anterior, ele enveredou, ao meu ver, por um caminho de promover a descaracterização da alma brasileira que é eminentemente zelosa por uma liberdade sem ditames políticos que a cerceiem de sua vocação democrática, empreendedora e capitalista.

A justiça social não se obtém melhor através desse viés socialista ‘bolchevique’ como quer o PT. Isso o tempo já provou ao longo da História onde tais regimes socialistas foram adotados. Justiça e igualdade social pratica-se com mais acerto em democracias autênticas e fortes onde o povo tem poder e chance de ser ouvido. Coisa que o governo petista não sabe o que é. Inspira-se mais nas ilusões castristas, chavistas e afins do que entender a fundo a alma brasileira, as aspirações de seu povo.

E agora vem a nossa dama ‘presidenta’ propor mudanças com continuidade. É uma piada. Só os puxa-sacos vão rir, forçados. Os cidadãos de respeito vão propor que ela se retire de cena em outubro e continue outra coisa que não seja ludibriar toda uma nação.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 21-06-2014

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