quarta-feira, 30 de julho de 2014

A defesa de Israel e a falsa moralidade da esquerda

Francisco Vianna
Tenho acompanhado os acontecimentos no mundo tanto na mídia eletrônica quanto na mídia televisiva. Tem sido desanimador ver como os nossos valores culturais e civilizacionais têm sido relativizados e a nossa moral tem sido enxovalhada pelo marxismo cultural que trabalha contra os interesses do Ocidente, como se vivessem nos países que, velada ou abertamente, agem contra nós.

Um cenário típico que mostra com nitidez o que afirmo é o conflito no Oriente Médio e a atitude da mídia global em relação à reação de Israel contra a agressão sistemática e crescente dos países antissemitas e antissionistas (os que querem ‘varrer Israel do mapa’) usando o grupo terrorista do HAMAS e a gente palestina como “bucha de canhão” em sua luta decadente contra os judeus.

A mídia internacional ocidental é unânime em dizer que “Israel tem direito a se defender, mas...”, ou seja, sempre um ‘mas’, sempre uma ressalva, que, no fim, dá a impressão que é o estado judeu que agride e não o que se defende.

Jornal "Estado de S. Paulo", 30-07-2014

É também desanimador ver porta-vozes e autoridades de países que estão do outro lado do mundo e que, amplamente desinformados do que se passa na realidade da região, saem em defesa dos fanáticos islâmicos e contra os interesses ocidentais apenas por motivos políticos e ideológicos. Foi o caso da vergonhosa posição do Itamaraty – outrora uma chancelaria respeitada em todo o mundo – em relação ao conflito, que gerou protestos dos israelenses com o Ministro das Relações Exteriores judeu, perdendo a paciência e afirmando num desabafo que “o Brasil é um anão diplomático irrelevante”.

Nosso governo acha que Israel está cometendo um “massacre” ou um “genocídio” em Gaza, mas não diz a mesma coisa da quantidade muito maior que está sendo morta no Brasil por ano, numa guerra civil surda e não declarada ou do mesmo que ocorre na Venezuela. 

Chega a dar nojo quando a mídia diz que Israel “bloqueia a Faixa de Gaza”, quando todos os dias mais de seis mil toneladas de mercadorias, de alimentos e remédios a materiais de construção e eletrodomésticos são entregues diariamente a endereços nesse território palestino.

E Israel sabe muito bem que grande parte desse material é usada para a construção de tuneis que passam por baixo das fronteiras com Israel e o Egito e por onde são contrabandeadas armas e peças de mísseis enviadas principalmente pelos iranianos, além de servirem para que milicianos do HAMAS os usem para sequestrar civis israelenses, geralmente crianças.

Ninguém menciona, por exemplo, nada a respeito do bloqueio egípcio da passagem de Rafat, um país muçulmano que não deixa passar nada para esse pequeno território litorâneo do qual Israel abriu mão em 2005 justamente para dar uma chance de os palestinos construírem um estado de direito próprio, para isso removendo até com o uso da força todos os israelenses que lá moravam e tinham construído suas casas.

A própria cidade de Gaza foi em grande parte construída com dinheiro israelense para servir de dormitório aos palestinos que trabalhavam no país, mas não queriam assumir a nacionalidade israelense.

Chega a ser revoltante ver a esquerda festiva tupiniquim e sul-americana – a mesma esquerda do Partido dos Trabalhadores do Nacional Socialismo da Alemanha de Adolf Hitler, os socialistas nazistas, e que nunca deixaram de odiar os judeus, deitarem falação sobre a reação de autodefesa israelense como sendo um “massacre”, um “genocídio” ou, na melhor das hipóteses, uma “ação desproporcional” no uso da força militar.

Outra coisa é a interpretação que dão ao termo “guerra assimétrica”, como se a assimetria no caso fosse a infinita superioridade militar das Forças de Defesa de Israel em relação à do grupo terrorista HAMAS, Jihad Islâmico, Irmandade Islâmica e outros que são franquias da Al Qaeda, quando a “assimetria” consiste apenas no fato de Israel ter Forças Armadas de um estado regular de direito e ter que lutar contra grupos que não defendem estado algum, a não ser aqueles que financiam a luta contra Israel usando a população palestina como bucha de canhão porque não têm coragem de eles mesmos enfrentarem o país judaico numa guerra simétrica e declarada. Mesmo porque, quando fizeram isso uma vez, foram fragorosamente derrotados em seis dias.

Também é nauseante o fato de dizerem que as FDI ferem e matam civis em Gaza, quando ali todos são civis, inclusive os militantes terroristas desses grupos que não constituem um exército regular. E, pior, esses terroristas covardes usam velhos, mulheres e crianças como “escudo humano” para “protegerem suas armas” escondidas em escolas, igrejas e até hospitais, locais de grande afluxo de pessoas.

Para esses grupos, quanto mais pessoas morrerem melhor será para criar a má vontade de um ocidente desinformado com relação aos judeus.

Essa mesma esquerda carnavalesca no Brasil não se considera antissemita, mas agora mudou o termo e se considera “antissionista”.

Ora, o sionismo é justamente o movimento que criou o estado soberano de Israel, com todo o seu direito a autodeterminação. O que mais estimula o ódio esquerdopata aos judeus é o fato de esse pequeno país no Oriente Médio ter domado tão espetacularmente o deserto e o clima muito semelhante ao nosso nordeste e ter criado ali, nessa pobre ‘Terra Prometida’ por Jeovah, um oásis de progresso e desenvolvimento humano e conquistas científicas pelas quais o mundo atual e futuro serão eternamente gratos.

Na verdade, para sermos justos, temos que admitir que Israel é, hoje, um país que a comunidade internacional não pode se dar ao luxo de perder.  

Fico perplexo e apreensivo em ver o Ocidente aceitar em seu convívio social uma multidão de muçulmanos e de outras religiões, num pluralismo total de crenças, e não ver o resto do mundo a ter uma atitude correspondente. Uma boa parte da sociedade israelense atual é constituída de palestinos que lá vivem, formam famílias e prosperam. Assumiram a nacionalidade judaica, embora não sendo israelitas, ou seja da religião majoritária dos judeus. No entanto, essa parcela não judia tem toda a liberdade de professar sua fé maometana com toda a liberdade nas inúmeras mesquitas existentes em quase todas as cidades israelenses. A recíproca não é verdadeira para judeus e cristãos. Por quê? Isso sem falar naqueles que preferem não professar religião alguma, para os quais não há espaço no mundo islâmico. Como isso, são mais de dois milhões de árabes que vivem e prosperam em Israel, algo impensável ocorrer com judeus e cristãos em países muçulmanos.

Não é nada fácil lutar contra terroristas que querem que haja o maior número de “mártires” possível. Chega a dar náuseas quando ouço e vejo a mídia e governos de esquerda a se propor a dar lições de moral a Israel sobre a pobre população de Gaza, quando os próprios líderes do Hamas, eleitos por essa população, buscam o derramamento de seu sangue para alcançar seus objetivos políticos incutindo nelas a cultura da imolação por Allah...

Mas também começo a constatar que tais absurdos começam também a afetar a opinião de muitos países árabes e muçulmanos da região que estão se dando conta de que o antissemitismo violento do Hamas e de seus grupos jihadistas, é o mesmo que age no Iraque, na Síria, no sul do Líbano e que isso, no futuro, poderá desestabilizar a ordem interna dentro dos seus próprios países.

O Egito, como nunca antes, começa a dizer na mídia que o Hamas, a Irmandade Muçulmana, o Jihad Islâmico e outros grupos terroristas que operam no Sinai, são uma ameaça a sua segurança nacional, com a elite intelectual egípcia começando a acusar o Hamas pelo sofrimento dos palestinos em Gaza. Só não vê isso quem está com o espírito embotado pelo antissemitismo ou pelo esquerdismo do relativismo marxista.

Já vemos mídias árabes, como o jornal Al-Ahram, a elogiar até o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por sua conduta na operação “Segurança da Orla”. Seu Presidente Abdel Fattah al-Sisi bem que tentou conseguir um cessar-fogo, que foi totalmente rejeitado pelo Hamas.

Já Mahmoud Abbas, chefe da AP, antes contrário ao Hamas, cooptou seu Fatah a assinar um acordo de unificação com o Hamas que foi solenemente ignorado por este na primeira oportunidade, enviando a Abbas uma mensagem de que seu “governo de faz-de-conta” é um anão tão inexpressivo e irrelevante quanto o Itamaraty petista.

Abbas, fazendo o jogo do Hamas, está a viajar pelo mundo a advogar sem sucesso em favor desse grupo terrorista, a difamar Israel acusando-o de supostos “massacres”, provando mais uma vez de que lado se situa a sua lealdade.

O Hamas já começou a frustrar e assustar as nações árabes. Seu porta-voz, Sami Abu Zuhri declarou que “não tem havido uma atividade oficial árabe para salvar Gaza”. O site oficial do Hamas diz que o grupo se sente “traído pelos regimes árabes”.

Zuhri fez esta declaração depois de uma sessão de emergência da Liga Árabe, em que a Arábia Saudita e o Egito mandaram os palestinos resolverem suas diferenças políticas com Israel e buscasse uma unificação com o Fatah para possibilitar direcionar a população palestina em Gaza e na Cisjordânia a concentrar suas energias na produção de riquezas para dar aos palestinos um PIB capaz de pelo menos suportar os compromissos e despesas de um Estado Palestino de direito a partir da Autoridade Palestina.

O Rei da Jordânia, por seu lado, tem sido ameaçado há anos pela Irmandade Muçulmana e hoje pelo grupo islâmico ISIS, uma franquia da AL Qaeda, que está na sua fronteira com o Iraque. O seu rei, Abdullah, não permitiu que o Hamas abrisse escritório em Amã, pois sabe que um Hamas enfraquecido é sinônimo de uma Irmandade Muçulmana fraca.

Quando, em Camp David, nos EUA, Israel e OLP concordaram em agir no sentido de construir na Faixa de Gaza um Estado Palestino, que prometiam ser a “Singapura do Oriente Médio”, ao invés de concentrarem seus esforços nesse sentido, preferiram de deixar levar pelo nazismo incutido por sírios, turcos e iranianos e de dedicarem ao culto à morte, ao atraso e à destruição. Preferiram concentrar suas energias, alugando-as aos países antissionistas, e usá-las para contrabandear armas, munição, e explosivos, construindo para isso centenas de túneis para dentro de Israel. A liderança do Hamas poderia ter usado tais recursos para melhorar a vida miserável da paupérrima população de Gaza. E é Israel que tem que levar lição de moral…

Para coroar a coleção de absurdos que tenho visto e ouvido na mídia internacional, vem a ‘pérola’, intensivamente repetida, de que “não existe uma solução militar para o conflito árabe-israelense”. Só mesmo um ignorante total da realidade local pode dizer tamanha estupidez.

A única solução possível, para o conflito – como os árabes trataram de convencer a todos – só pode ser pela via militar, uma vez que a guerra é a única via que se segue ao fracasso da diplomacia. A solução só surgirá com um ganhador e um derrotado que aceite os termos da rendição, como sempre ocorreu na história da humanidade. Não houve um só conflito na História que tenha sido resolvido de forma diferente. E Israel custou a se convencer disso, mas agora parece decidido a resolver o problema de uma vez por todas. Mesmo porque é impossível viver ou falar de paz com foguetes caindo sobre suas cabeças como tem ocorrido na última década.

Os fundamentalistas islâmicos sabem disso e se agarram desesperados à sua convicção suicida em busca de qualquer coisa a que possam apelidar de “vitória”. Para eles, tal “vitória” seria agora Israel tentar um improvável armistício, ou mesmo a morte do maior número possível de “inocentes” palestinos colocados em massa nos locais onde escondem seus arsenais e mísseis, capaz de levar a comunidade internacional a uma intervenção que impeça Netanyahu de exterminá-los do território.

Como disse o Primeiro-ministro Netanyahu, de forma grave e firme, “Israel só vai parar quando se convencer que erradicou da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, todas as pessoas comprometidas com a destruição do Estado judaico”, e completou: “Se Israel se convencer que todas as pessoas desse território estiverem assim comprometidas, suas forças de defesa só pararão quando não mais existir qualquer delas vivas por lá”.

Não sou judeu, mas isso é o que acredito que irá acontecer e com inteira justiça.
Título e Texto: Francisco Vianna, 30-07-2014

Watch this first person video on our troops as they search a civilian house. This is how Hamas exploit the civilian arena, this is what it looks like when our guys run in behind the terrorists. This is what we meet.
Israel Defense Forces, Facebook, 30-07-2014


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