sábado, 26 de julho de 2014

Relato da reunião FENTAC/CUT em São Paulo

Waldo Deveza
Olá!
Hoje, sábado, já se passaram dois dias da reunião em São Paulo e como ninguém aqui se manifestou, tentarei fazer um resumo sobre o que "rolou" na quinta-feira. Em primeiro lugar, quero informar que não era para ir e cheguei a conversar com o Décio sobre isso, devido ao problema que ainda tenho que resolver e que "mexeu" com a minha ansiedade. Como já vem provocando "certo estrago", em princípio achei que era melhor não ir, isso porque acreditava que não ocorreriam novidades e, me conhecendo...! Porém, pouco antes do início da reunião, vesti a velha camiseta do movimento AERUS/AEROS e para lá me dirigi.

A reunião não foi na sede do SNA e para mim foi até melhor porque o local ficou mais próximo de casa. A primeira coisa que me surpreendeu foi o número de participantes, isso porque acostumado às reuniões passadas, realmente desta vez fui surpreendido, sendo que ao final o Zoroastro informou que estávamos em cerca de 155 participantes. Tal número foi bom, considerando que havia um número de participantes da TRANSBRASIL, porém, poderia ter sido maior, pelo fato de sermos um número aproximado de 2 000 participantes na base SAO. Daí fica o alerta e o convite: sentadinhos nos sofás, esperando a banda passar, não dará certo (logicamente excluo aqueles que realmente não possam se locomover).

Feito este preâmbulo, vamos ao que interessa. A reunião começou praticamente no horário com a apresentação do Honorato., foi a vez Em seguida da fala da Graziella e foi muito longa, tanto é que eu sem o querer querendo, pela primeira vez interrompi, dizendo que no meu caso – e não era o único –, estava cansado de ouvir as mesmas coisas e que o melhor era entrar no porquê havia ocorrido a convocação. Disse que para mim e outros, o que interessava era saber o que seria feito em seguida, isso porque estava demonstrado que o governo não nos queria pagar, e isso ficou mais patente quando ela citou o fato (para mim já conhecido e até sobre isso já escrevi), que não éramos os únicos nessa tragédia, e o que me surpreendeu foi saber que o problema atinge uma quantidade enorme de planos de previdência (cerca de 360) e que a dívida total é enorroommmeee!
Daí se pensar no fato de ao tentar passar um boi numa porteira, acabar passando toda uma boiada.

Em seguida, foi a vez do advogado do escritório do Dr. Castagna Maia se apresentar e falar, sendo que, mais uma vez, por talvez desconhecer que já conhecíamos toda a história, mais uma vez ele foi fazendo uma retrospectiva a respeito, falando das inúmeras repactuações havidas e, infelizmente, mais uma vez eu interrompi a explanação, pelo fato de praticamente conhecermos a história e também que o tempo estava passando e assim sendo"algo"deveria ser proposto. Pedi ao advogado para que olhasse uma faixa logo atrás dele, onde estava escrito que até aquela data, já havia ocorrido cerca de 1 050 mortes e que sabíamos que as mesmas estavam acontecendo quase numa projeção logarítmica e, aproveitei para questionar a mesa, sobre o porquê não estava sendo pleiteado o envio do nosso caso à OEA.

Sobre a questão da OEA, o advogado falou que ainda não era a hora para fazê-lo, isso porque ainda não haviam esgotado todos os recursos jurídicos e mesmo que fosse feito, haveria dois problemas:
1) o governo poderia alegar impossibilidade em efetuar os pagamentos, isso porque não éramos os únicos;
2) o tempo que levaria para todo o trâmite, isso porque a denúncia teria que começar a ser feita em Washington, para depois ser levada à sede na Costa Rica. Inclusive o advogado citou o caso de Carajás, exatamente para ilustrar seu raciocínio. Neste caso, apenas não quis (e errei), argumentar que nós temos a nosso favor os direitos previstos no Estatuto do Idoso, aliás, exatamente esse ponto foi levantado por dois advogados conhecidos.

Outra coisa que foi abordada de forma subjetiva, foi a questão de um acordo com o governo – ou então, o que é muito difícil –, o governo promover o acordo no ano que vem, por exemplo. (Este ano, esquece, devido às eleições). Quase certo dizer que seria com deságio e inclusive tal "possibilidade" foi questionada, e diante disso como ficaríamos? A Graziella lembrou a questão da RIO SUL e da NORDESTE quando da liquidação, onde todos receberam um comunicado sobre reservas matemáticas e o que cada um desejava fazer: receber a reserva com o desconto de 27,5 % para o I.R., ou a migração para um outro fundo. De acordo com a Graziella, apenas dois optaram pela migração. É aquilo, no dito popular: "gato escaldado, tem medo de água fria".

Perguntariam: isso é possível acontecer conosco? De acordo com a Graziella e advogado, será difícil acontecer, isso porque o nosso caso é diferente, mas não impossível e que apenas o tempo, poderá responder. Ficar atento a essa possibilidade e o que fazer depois é de foro íntimo.

Para encerrar, a Graziella por vezes pediu que nos mantivéssemos unidos e que haveria um maior número de reuniões para discutir o nosso problema e que espera um número maior de participantes para um futuro próximo. Na minha modesta opinião, o que faltou foi um pedido de socorro a nível do que acrescentar ao que aí temos, isso porque as negociações, com um desembargador do tipo Moreira Alves, o que esperar?
Até mais.
Título e Texto: Waldo Deveza, 26-07-2014

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