sexta-feira, 22 de agosto de 2014

APRUS envia mensagem aos candidatos à presidência alertando-os sobre a situação dos aposentados brasileiros


A APRUS  (Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus),  através  dos relatos de dois aposentados,  vem à presença de Vossas Senhorias, postulantes ao cargo máximo da nação, relatar informações pertinentes ao assunto APOSENTADORIA


SOBRE O FUNDO DE PENSÃO  AERUS

No mundo moderno, nas sociedades mais avançadas economicamente, os fundos de pensão são instrumentos poderosos de geração de riqueza e poupança interna. Vejamos o que diz a lei sobre o assunto, aqui no Brasil:

As entidades fechadas de previdência complementar  (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis exclusivamente aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial denominados instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

A geração de um volume mínimo de poupança interna de forma continuada é um dos principais fatores de sustentabilidade do crescimento de uma economia. Esta poupança viabiliza os investimentos, que são canalizados ao setor produtivo por meio do sistema financeiro. Nesse contexto, devido à magnitude das somas administradas, os investidores institucionais, agrupados em fundos mútuos de investimentos, seguradoras e entidades fechadas de previdência privada, desempenham importante papel na formação de poupança interna.

À Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), como sucessora da SPC e enquanto órgão fiscalizador, cabe o papel de analisar e acompanhar a execução da política de investimentos dos fundos de pensão em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, e as normas do Conselho de Gestão da Previdência Complementar, que consideram os aspectos de segurança econômico-financeira, rentabilidade, solvência e liquidez dos planos de benefícios e de cada entidade fechada de previdência complementar. 

Aqui ocorreu uma falha gravíssima à época pela SPC (Superintendência da Previdência Complementar) que, ao não fiscalizar, pelos atributos a si inerentes, permitiu que o fundo de previdência complementar AERUS, o QUINTO maior fundo privado Brasileiro, ficasse à deriva a partir de 2006 deixando mais de DEZ mil participantes já na terceira idade, mais as suas famílias, em condições precárias até aos dias de hoje.

O que lemos todos os dias sobre o que acontece aos principais fundos de pensão, inclusive os estatais, não é exatamente aquilo que por norma é atribuição do Estado.

Queremos alertar a todos os que postulam o mais alto cargo da Nação, que fatos como este não mais devem se repetir em uma Nação moderna, e que hoje somos um contingente entre lesados tanto pelo RGPS e fundos  de previdência complementar, em torno de vinte milhões de votos, algo nada desprezível em uma eleição para a presidência do país.

Com relação aos pensionistas do AERUS, que no momento aguardam várias determinações da Justiça e algumas delas já sentenciadas favoravelmente, pedimos que se pronunciem a respeito em seus programas de governo e após a eleição terminada resolvam de uma vez por todas os erros cometidos por agências reguladoras estatais, contra pessoas que trabalharam e produziram para o país, durante toda uma vida.
São seres humanos, são cidadãos, são eleitores, e merecem todo o respeito por parte de Vossas Senhorias.
José Manuel, ex-tripulante Varig



SOBRE OS APOSENTADOS DO RGPS

É de cortar o coração dos brasileiros a lamentável omissão que os candidatos que almejam comandar os destinos de nossa pátria, de elaborarem suas plataformas de governo omitindo sempre o descartado e desprotegido "Aposentado Brasileiro". Em todas as eleições do país, durante suas trepidantes campanhas, nunca ouve-se de qualquer candidato, falar em proteger os direitos dos aposentados, como se eles fossem parasitas, cartas fora do baralho, indesejados, demonstrando sempre um visível preconceito contra esses cidadãos que não têm a mínima chance de se defenderem! Não doem-lhes a consciência? Negam-nos a cidadania?

Por que tamanha discriminação contra esses ex-trabalhadores com os cabelos esbranquiçados já na reta final da sua existência? É um inútil para a nação porque seu físico desgastado pela idade não pode mais produzir como quando era jovem? Se esquecem por ingratidão, por insensibilidade, por falta de humanidade, por falta de justiça, que ele já que foi um hábil trabalhador abnegado, que cumpriu com honestidade toda a sua missão no mercado de trabalho, contribuindo sempre de acordo com o valor do seu salário? Não foi assinado um contrato entre o Empregador, o INSS e o Trabalhador ao ingressar no mercado trabalhista? Não é indecoroso quebrar-se as regras vigentes no meio de uma partida? É justo ser jogado agora numa lixeira? Todos já perceberam que é intenção dos governos nivelarem todas as aposentadorias ao valor do salário mínimo!? Esqueceram-se conforme dados estatísticos que já foram desviados TRÊS TRILHÕES de reais das Contas da Previdência, que jamais retornaram?

APOSENTADOS DO RGPS-SETOR URBANO:
Por que Vossas Senhorias não explicam em suas campanhas para todos os trabalhadores ativos e aposentados, a verdadeira razão de aplicarem para a atualização das aposentadorias, o estapafúrdio critério de dois percentuais diferenciados? Com este despropositado procedimento sem qualquer justificativa plausível, os governos vêm prejudicando um terço dos aposentados da iniciativa privada, aqueles que ainda recebem seus proventos acima do salário mínimo! Com esta deslealdade esses indesejáveis aposentados já perderam 76,38% do seu poder aquisitivo.

Surpreendam a sociedade, quebrando a mesmice das atuais campanhas políticas que a maioria já não aguenta mais, declarando em alto e bom som que lutarão, se vencerem a eleição de outubro próximo, para aprovarem os já mofados Pls. 01/07, 3299/08 e 4434/08, trancados nas gavetas da Câmara dos Deputados, todos eles justos e necessários para devolver a dignidade arbitrariamente surrupiada dos traídos aposentados. 
Almir Papalardo, cidadão Brasileiro aposentado. 

Rio de Janeiro, Brasil, 22 de agosto de 2014

3 comentários:

  1. Nenhum dos postulantes à presidência da república, bem como candidatos ao governo dos estados, à Câmara e Senado preocupam-se com a classe dos aposentados , sequer os mencionam nas propostas apresentadas aos eleitores . Embora nem todos, mas a grande maioria daqueles é composta de pessoas com idade avançada . Após completar 70 anos a obrigatoriedade de votar inexiste . Os que estão na faixa entre os 60 e 70 anos incompletos já não apresentam o vigor e a ânsia jovem da pressa em querer ver as mudanças acontecerem de um dia para o outro. Mudam as preocupações; cansam-se de lutar porque a crença se foi.
    A história se repete há décadas , e as pessoas parece não aprenderem com a experiência ( os políticos sabem disso) . Nas eleições , em geral, o que muda são as moscas ...

    Entretanto , nem por isso deve-se "abandonar o navio" . O Grande Arquiteto se incumbe de ajustar o curso do universo. Assim , chega o dia das grandes transformações ; a História das civilizações tem as provas documentadas. Se muitos não viverão para ver as transformações ocorrerem é uma outra estória.

    Abração.

    Sidnei Oliveira
    Assistido AERUS - Rio

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  2. A candidata a re-eleição acaba de dizer quenão removerá o fator previdenciário que reduz as aposentadorias, no caso de voltar a governar o país. Daí...

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