terça-feira, 16 de setembro de 2014

Alex Antunes e a semântica assassina do discurso LGBT na busca de um bode expiatório para campanhas de ódio

Luciano Ayan
Há um fenômeno interessante relacionado ao movimento LGBT: sempre que eu escrevo um texto a respeito, eles simplesmente enlouquecem, mesmo que meus argumentos sejam muito mais libertários do que qualquer um deles possa sequer conceber. Eles entram em ataque histérico e não conseguem compreender absolutamente nada do que foi escrito.

Fico até imaginando o choque deles ao descobrir que eu não tenho absolutamente nada contra o casamento gay, nem contra a adoção de crianças por gays. Para mim, o estado não deveria proibir ninguém de fazer o que quiser, desde que isso não cause impactos diretos nas vidas de terceiros. Aliás, não sou religioso e minhas análises são bastante amparadas pelo darwinismo. Mas duvido que algum deles sequer leia esse trecho. A mente deles com certeza editará a informação.


Ao falar sobre o movimento LGBT, eu me sinto o personagem Dr. Doolittle, que conversava com animais. Minto. Eles nem conseguem me entender, ao contrário do que ocorria com o personagem de Eddie Murphy. E daí o resultado das litanias deles é sempre ridículo, como podemos ver no texto de um tal Alex Antunes intitulado A semântica assassina da homofobia, suposta refutação ao meu texto Suspeito de matar jovem gay em GO tinha relações sexuais com a vítima: lá vai mais um truque sujo de “homofobia mata” para a lata do lixo, do qual ressalto esse trecho em particular:

Como quase sempre ocorre quando um gay morre de forma bárbara, o movimento LGBT tenta jogar a culpa nas costas daquilo que eles chamam de “homofobia”, que na verdade é o direito de um sujeito optar pela heteronormatividade.

Notaram o que eu escrevi? É importante, pois o Sr. Alex Antunes não percebeu esse detalhe. Eu não tentei livrar a cara dos verdadeiros homofóbicos, mas daquilo que o movimento LGBT chama de “homofobia”, o que é completamente diferente.

Quem quer que já tenha lido um texto meu de janeiro de 2013 já teria percebido que eu jamais neguei a existência de crimes homofóbicos. O texto é o seguinte:  Al Pacino em um filme sobre a verdadeira homofobia e as consequências devastadoras do aceite de uma rotulagem injusta e criminosa. Aliás, vou até colocar de novo o trailer do filme que eu mencionei, “Cruising”,  dirigido por William Friedkin (o diretor de O Exorcista) em 1980:



Naquela época, eu escrevi de forma bem clara: “isso, sim, é homofobia”. E pelo que se vê na notícia comentada por mim, parece ter sido exatamente isso que vitimou o jovem João Donati: homofobia de verdade. Não aquilo que eles imputam aos evangélicos e demais conservadores que valorizam a família tradicional. Em síntese, era essa a tonalidade do meu texto.

Agora veja o que o infeliz Antunes escreveu:

Nesta sexta-feira foi preso o lavrador Andrie Maycon Ferreira, assassino do garçom João Donati. O crime ocorreu na quarta-feira, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia. As primeiras notícias davam conta de um bilhete homofóbico deixado no corpo, e de indícios de tortura, como as pernas quebradas da vítima. A polícia depois desmentiu o bilhete e a tortura. Uma onda de textos “aliviados” (sem trocadilho), como este aqui [o meu texto], comemoraram o fato do assassino ter tido relações sexuais com a vítima, o que descaracterizaria as alegações de homofobia. O mesmo tipo de inquietação contaminou as declarações do delegado, que afirmou que era possivelmente um crime “passional”, mas certamente não homofóbico.

Antunes estava evidentemente histérico quando escreveu isso, pois meu texto não menciona nenhum tipo de “alívio”, mas uma constatação do óbvio na quase totalidade desses casos:

Donati não foi vítima daquilo que o movimento LGBT chama de “homofobia”. Ele foi vítima de um sujeito gay que manifestava fortes traços de homofobia, exatamente igual aos psicopatas do trailer do filme que mencionei. Aí ele mistura no mesmo balaio o meu texto (que tem uma tonalidade mais liberal/libertária) com as declarações de um delegado que não tocou absolutamente em nenhum dos meus pontos em discussão.
Como se vê, até aqui Antunes não disse coisa com coisa, mas a situação piora:

Não creio que o depoimento do assassino alivie em nada o problema de quem se diz contra a “conspiração gay”, muito pelo contrário. Os moralistas tentam traçar entre eles e o assassino um risco, ao dizerem que foi um problema entre dois gays (o que o delegado quer chamar de maneira forçada de “crime passional”, onde não havia paixão nenhuma). Mas esse traço de separação na verdade está entre o assassino e a vítima. E deixa os fundamentalistas e o assassino do mesmo lado: o de quem tem um profundo desconforto com o sexo entre homens.

De novo um argumento completamente histérico e sem o menor sentido. O truque é o de sempre. Existe homofobia. Até aí tudo bem. Daí em diante o movimento LGBT inventa que discordar do comportamento gay é “homofobia”. Claro que não é. Qualquer pessoa intelectualmente honesta sabe disso. Como sói ocorre nesses casos, quando ocorre um crime homofóbico, o picareta imputa a culpa naqueles a quem desonestamente chama de “homofóbicos”.

Na verdade, o crime foi um problema entre dois gays, e a homofobia parece ocorrer em maior quantidade entre eles. Não dá para negar que é possível que, por sentirem-se inferiorizados por não fazer parte do comportamento normativo, impulsos homofóbicos podem surgir. Mas isso não é culpa de quem prefere a normatização do comportamento heterossexual, mas da fragilidade psicológica de alguém em lidar com o fato de ser uma minoria comportamental.

Eu sou ateu e teria motivos para me sentir “excluído” de outros círculos. Mas jamais me senti mal com isso. E não me sentiria se fizesse parte de uma minoria sexual. Essa é uma dica para os gays: aprendam a conviver com o fato de serem uma minoria que não perfaz o comportamento normativo. Vão sofrer muito menos assim e serão mais felizes. Não deem ouvidos ao movimento LGBT, que só vive atrás de criar falsas guerras de classe em busca de dividendos políticos.

Aliás, esse discurso LGBT tentando fazê-los se sentir “vítimas da sociedade” pode aumentar o sentimento de auto-rejeição de muitos gays. Pode-se argumentar que o movimento LGBT é muito mais culpado pela homofobia do que são os pastores evangélicos.

Assim como tem muito mais gay não-praticante por aí do que parece – exatamente os que querem parecer que não são. Ao “denunciarem” as preferências alheias, ou mesmo ao simplesmente não conseguirem deixar de abordar o assunto com um humor tenso, eles se denunciam. É só olhar para quem acha preferência sexual um grande problema – ou uma grande piada. Eu arriscaria dizer que a homofobia é quase sempre auto-homofobia, sensação de inadequação. E isso mata.

Deve ter muito mais gays não-praticantes do que parece mesmo. E se o movimento parar com esse truque de fazê-los se comportar como vítimas, talvez muitos deles sairiam do armário mais felizes, encarando as dificuldades de cabeça erguida. Há um livro interessantíssimo sobre isso chamado The Way of Men, escrito por um homossexual, Jack Donovan. Ele mudou radicalmente seu comportamento, desenvolveu noções de liderança, lutou para se destacar em seu ramo de atuação e, de repente, ninguém mais o discriminava. Não é interessante?

Aliás, o mundo corporativo está repleto de gays em posições de liderança. E todos ficam pianinho diante de alguém demonstrando competência, sendo heterossexual ou homossexual. Por que isso acontece?

Por que existem homossexuais que não dão ouvidos às baboseiras do movimento LGBT. Serão muito mais felizes, pois a sociedade já possui leis para protegê-los de crimes, da mesma forma que os heterossexuais são protegidos. O resto é vitimismo artificial histérico criado pelo movimento LGBT, querendo causar sentimentos de auto-rejeição neles. Enfim, nada é mais danoso para os gays do que o movimento LGBT. Assim como nada tem sido mais danoso para as mulheres que o movimento feminista. As verdadeiras conquistas pela liberdade dependem do iluminismo, não de bizarrices como movimento LGBT e feminismo, que são amparados em simulações artificiais de guerras de classes.

Mas a coisa é ainda pior: como a canalhice de falsificar a realidade não encontra limites, eles tentam culpar os evangélicos e conservadores em geral por causa de crimes envolvendo homofóbicos, tudo por que inventaram uma propaganda sórdida dizendo que “qualquer pessoa opinando em favor da normatividade da família tradicional é um homofóbico”. Esse é com certeza um dos truques mais sujos já criados por mentes deformadas que arquitetaram o movimento LGBT.

Como vemos aqui, Alex Antunes leu um outro texto (mas não o que eu escrevi) e argumentou com base em seus truques já desmascarados  – em especial o truque da falsa homofobia, que não deve enganar ninguém que leu o texto Como neutralizar os truques do PT na questão da falsa homofobia.

Se Alex Antunes sofre discriminação em sua vida deve ser por outro motivo que não o comportamento homossexual, que nem sei se ele manifesta ou não (e isso é irrelevante aqui).

Mas dificilmente quem escreve um texto como o dele consegue encarar outras pessoas de frente, e com dignidade, principalmente mostrando honra. É por isso que ele consegue ter a cara de pau de acusar religiosos de culpas que eles não têm. É o oposto: o movimento LGBT tem sido o maior causador de tensões desnecessárias entre heterossexuais e homossexuais.

Como agravante, lutam para fazê-los se sentir inferiores, ao invés de estimulá-los a superar a dificuldade de serem uma minoria comportamental. Como promotor do discurso LGBT, ele devia se olhar no espelho para buscar as causas da verdadeira homofobia.

Mas ele jamais terá a coragem de encarar a questão dessa forma. Sabem por quê? Por um motivo: quem nasceu para ser um Alex Antunes jamais será um Jack Donovan.
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 16-09-2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-