segunda-feira, 27 de outubro de 2014

As duas verdades

José Manuel

Existem milhões de verdades, mas duas são indeléveis, têm a garantia da constatação, e é só parar um pouco, respirar e analisar com critério que veremos à nossa frente as duas verdades que não podemos fugir.
A primeira, a que tudo é e todos são  o produto das suas escolhas.
Essa não dá para fugir, não dá para esquecer, porque o resultado, mais tarde ou mais cedo chegará, para o bem ou para o mal.
E foi o que aconteceu ontem, 26 de outubro de 2014, quando um país teve a real chance de se tornar um expoente do futuro,mas retorna infelizmente à eterna baboseira que nós ouvimos desde criancinhas, a de que o Brasil é o país do futuro.
Não é.

E mais uma vez isso ficou provado ontem quando um povo equivalente a  30.137.179   (Trinta milhões, Cento e Trinta e Sete mil e Cento e Setenta e Nove cidadãos)   que clamam por mudanças urgentes deixam de ir às urnas para fazer essa mudança, definitivamente não é sério.

Também deixam de ser sérios os que optaram por brancos e nulos num total de  7. 141. 606 (Sete Milhões, Cento e Quarenta e Um Mil, Seiscentos e Seis cidadãos).

O total de votos salvadores e perdidos de uma nação, chega a inacreditáveis  37.279.085  (Trinta e Sete Milhões Duzentos e Setenta e Nove Mil, e Oitenta e Cinco cidadãos) ou, para ser mais claro, quase uma Argentina de votos perdidos.

E a escolha do país, foi pelo continuísmo  de tudo que sabemos que está errado com a nação.
Essa escolha, fatalmente se traduzirá no futuro em uma recessão sem precedentes e provavelmente as garantias individuais estarão comprometidas, pela simpatia exposta intencionalmente a países comprovadamente fracassados por um socialismo ultrapassado ou extremistas.

Então como a primeira verdade é o produto das nossas escolhas, o nosso destino daqui para a frente é imprevisível e muito aquém daquilo que tanto almejávamos como uma nação moderna em todos os sentidos.

A segunda verdade é a dos números, e não há como fugir deles, nem com toda a maquiagem do mundo. Os índices  da estatística pública que propositalmente não foram divulgados antes da eleição, agora forçosamente terão que ser expostos e chegarão à tona como um furacão, as piores coisas que não gostaríamos de ver, como produção, PIB, exportação, miséria, analfabetismo, condição sócio-econômica e mais um rol  de números que nos trarão uma realidade que certamente não vamos gostar.

Hoje, por exemplo, menos de 24 horas após a eleição, o dólar já acusa uma alta de 2,95% estando cotado a R$ 2,56, as ações da Petrobras em queda de 13% e o Banco do Brasil em queda de 8%.
São números e não há como fugir dessa realidade.

Outra verdade ainda mais cruel é a de que 88.320.240 de cidadãos, são contrários à reeleita ou seja em números mais reais, quem não votou nela é 62,05 % maior do que a votação que ela obteve, ou 54.501.118 votos.
Isso são números e não se discutem. Estão aí para serem verificados.


Afora essas duas verdades inequívocas, existem contestações que necessitam ser estudadas com mais profundidade por quem de direito.
Passaram pelas manifestações de rua com todos os seus reclamos em 2013, incólumes, passaram pelo mensalão com todas as vergonhas expostas, incólumes, passaram pelos gastos exorbitantes, superfaturados e perda da Copa do mundo, incólumes, acabaram de passar por um ainda maior escândalo, do Petrolão, incólumes e ainda ganharam novamente a presidência.
É um milagre de Deus?
Ou um fracasso de um povo?

Com relação aos participantes do Aerus, gostaria de deixar aqui  um pó mágico de pirlimpimpim nestes dados tão funestos, algo para relaxar, pois não dependemos mais desta ou daquela eleição deste ou daquele partido pois já temos duas ações ganhas, uma tutela antecipada, já sentenciada com a chancela de um juiz federal e em vias de termos a terceira fonte a nosso favor.

Assim que tivermos a confirmação da terceira fonte, a Aprus, nossa representante legal e jurídica está apta a negociar um acordo que nos trará de volta pelo menos as perdas materiais a que ficamos sujeitos.

Os  quase dois mil  colegas que ficaram pelo meio do caminho tortuoso pelo qual passamos, ficarão como medalhas nos peitos emproados dos novos dirigentes do país, como aqueles uniformes marxistas que tanto adoram.

Portanto, relaxem, infelizmente o Brasil perderá mais alguns anos do seu futuro, nossos filhos, netos, ainda podem mudar de país, mas nós, aqueles a quem eles fizeram todo o mal possível e imaginário, estamos garantidos pela justiça.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 27-10-2014

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Um comentário:

  1. Texto fenomenal, Pai.

    Acertou em tocar no cerne da questão.

    A nação cingiu o próprio mármore à imagem e semelhança do mais hediondo aborto moral que podia conceber... e enquanto se refastelava com a magnitude da própria imoralidade, se permitia alargar um sorriso cruel, descabido, plenamente cônscio da totalidade da prepotência do seu ato de autodestruição.

    Isso é terror. Justamente porque não é possível dar nome a esse tipo de coisa. Qualquer adjetivo é mera elucubração semântica. Algo nebuloso e esguio dessa maneira não se permite identificação, não se permite ter um nome que se possa banir, não se permite ter um rosto que se possa odiar.

    E quando não temos uma concretude contra a qual lutar, não temos meios imediatos para impedir que essa abstração sem forma se alastre.

    Isso é terror. Saber que o mal existe, e não ter armas para destruí-lo.

    Que o país se vire com as próprias fundações que ergue para si. Não me importo que sejam de lama: ponderar sobre um amanhã para o Brasil, agora e doravante, seria enaltecer demais um povo com uma preocupação que este já não merece.
    Adriano Costa

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