A Caran d'Ache lançou a sua primeira coleção na escrita de luxo
inspirada numa personalidade portuguesa. O aclamado poeta foi o escolhido para
dar vida a duas canetas de edição limitada.
É a primeira coleção na
escrita de luxo da Caran d’Ache– Maison de Haute Ecriture inspirada numa personalidade
portuguesa. A imagem icónica do poeta Fernando Pessoa é revisitada numa linha
composta por 888 canetas de tinta permanente e 888 roller Léman.
A alusão ao número oito é intencional, uma vez que tinha significado
especial para o escritor que nasceu em 1888 e cujo primeiro nome tem oito
letras.
O preto brilhante dos
instrumentos de escrita foi conseguido através da aplicação de várias camadas
da pouco comum laca da China e do revestimento em ródio; o aparo prateado
exibe a gravação a laser escovado do busto do poeta, tal como o topo da tampa.
Também a assinatura de Pessoa está presente nas canetas que foram produzidas na
única fábrica da Caran d’Ache, em Genebra, em conjunto com a portuguesa Anjersil, representante
nacional da marca desde 2007.
“Foi uma ideia do distribuidor
da Caran d’Ache em Portugal. Gostámos logo dela por se tratar de um
escritor e por ser uma personalidade destacada em todo o mundo lusófono. (…)
A maior parte da obra de Fernando Pessoa está em inglês, pelo que também pode
interessar a outras pessoas fora da lusofonia (…), mas Portugal foi sempre
um país importante de importação para a marca”, disse o CEO da Maison de
Haute Ecriture, Jean-Francois de Saussure, ao Observador.
Todas as ideias em torno do
projeto foram portuguesas, “tanto as boas como as más”, explicou Pedro Jerónimo
da Silva, responsável da Anjersil, no evento de apresentação que decorreu
esta quarta-feira na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa. “Já me disseram que
Fernando Pessoa era o português mais conhecido, a seguir a Cristiano Ronaldo.
Acredito que a sua obra é universal e que fica no nosso coração”.
A caneta permanente custa 898
euros e a roller outros 648 euros. A coleção de edição limitada está disponível
em alguns pontos de distribuição em Portugal e Angola, sendo que o mercado
brasileiro poderá, em breve, entrar na equação.
Esta pode ser a primeira
figura portuguesa de outras, explica ainda o CEO da marca ao Observador, que
avança sem compromisso o nome do escritor José Saramago: “Ficaria muito
contente de, um dia, poder fazer um projeto sobre ele”.
A marca suíça foi fundada por
Arnold Schweitzer em 1924 e conta com um vasto portefólio de
instrumentos de escrita, com peças que vão dos 24 aos 500.000 euros.
Atualmente emprega 300 trabalhadores.
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