sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O Kumbaya da treta

Vitor Cunha

Portugal não mudou. Empobreceu, continuará a estar exangue enquanto não renegociar esta dívida brutal com um serviço da dívida impossível de pagar com este crescimento. A questão é política. É social. É de visão estratégica. Mas, sobretudo, é moral. É, tristemente, uma questão moral.

Em primeiro lugar, se o pagamento da dívida é uma questão moral, publique o ensaio metafísico no Eva de Natal, não num jornal de negócios.

Em segundo lugar, relembro a pessoas que escrevem em jornais de negócios, neste caso o Fernando Sobral – que de negócios demonstra perceber tanto como a Virgem Maria percebia de canoagem –, que a dívida é renegociada todos os dias: umas vezes adquirindo dívida com juros mais vantajosos para amortizar dívida mais onerosa mas, sobretudo, e isso sim, sempre diariamente, demonstrando que o país tem capacidade para ser levado mais a sério do que um leitão faminto a sugar na teta da permanente auto-comiseração. Já nem se trata de tentar vender ilusões, Fernando, trata-se de insistir na miserável lata de tratar os leitores de um – sublinho – jornal de negócios como meros imbecis; e isso, Fernando, isso também é renegociar a dívida, mesmo que no sentido contrário do que pretende. 
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 24-10-2014

O Senhor Fernando Sobral, como muitos outros – Pedro Lains, Pedro Adão e Silva, Paulo Trigo Pereira, Pedro Santos Guerreiro... fiquemos por estes pedros... é do Contra. Contra tudo o que este governo faz, fez, deixou de fazer ou pensa fazer...

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