quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Se não ganhar na primeira, é muito provável que perca na segunda

Rui A.
Como era mais do que expectável, Dilma Rousseff tem vindo a aumentar substancialmente o espaço de intenções de voto entre si e os seus concorrentes mais próximos, principalmente em relação a Marina Silva. Todos os institutos de pesquisas eleitorais brasileiros o confirmam, e, hoje mesmo, o Ibope apresentou uma nova sondagem que dá resultados próximos dos números da pesquisa de ontem da Datafolha: 39% para Dilma, 25% para Marina e 19% para Aécio.

O facto, porém, é que não estando eleita na primeira volta, Dilma tem grandes probabilidades de perder a eleição na segunda, como, de resto, o PT sempre temeu, e isso tem uma explicação muito simples.

Na verdade, existem três tempos eleitorais muito diferentes nas eleições presidenciais brasileiras: a pré-campanha, até ao início da propaganda eleitoral televisiva; a campanha eleitoral da primeira volta; e a campanha eleitoral da segunda, quando esta ocorre. Resolvendo-se as eleições brasileiras essencialmente na televisão (é impressionante a política de alianças partidárias para fazer aumentar os tempos de antena), até começar a campanha televisiva a realidade é uma, e outra muito distinta após o seu início. Contudo, da primeira volta para a segunda, as coisas podem também mudar profundamente.

Para se ter uma ideia simples do que se passa neste momento na televisão brasileira, fruto dos partidos que apoiam cada um dos candidatos, Dilma dispõe de 11m e 24s diários, Aécio tem 4m e 35 s e Marina apenas 2m e 3s. Ou seja, sozinha Dilma tem quase o dobro do tempo televisivo dos outros dois candidatos juntos, quase três vezes o tempo de Aécio e seis vezes o de Marina. No segundo turno, porém, o candidato que lá chegar receberá certamente alguns dos tempos de outros partidos e poderá equilibrar as coisas. O jogo volta, por isso, a recomeçar. É por esta razão que o PT, Lula e Dilma temem a segunda volta. E têm excelentes razões para isso. 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 1-10-2014

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3 comentários:

  1. Se você me prometer que isso vai acontecer, eu vou aí a Portugal te dar um abraço e tomar uns copos.
    José manuel

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  2. É um dever de todos de certa forma envolvidos com a aviação, familiares e amigos, de NÃO votar no PT e principalmente na Dilma! Basta de promessas vis PT nunca mais

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