Aposentados, cobaias da sua própria incompetência

Almir Papalardo

Os efeitos causados pela ressaca deixada nas eleições de 26 de outubro de 2014, continua a causar um mal-estar irreparável naqueles aposentados que desejavam mesmo detonar o Partido dos Trabalhadores, que há doze anos nos achincalha, destruindo impiedosamente a nossa aposentadoria. E doze anos ainda não foram o suficiente, porque teremos que aguentar agora mais quatro anos do governo petista, com a lamentável reeleição da presidente Dilma.

Neste novo período muitos já estarão próximos de ter a aposentadoria reduzida para apenas UM salário mínimo, porque a cada novo reajuste anual, cerca de trezentos mil aposentados caem para a vala do piso mínimo. É duro ter que engolir uma mensagem dirigida à população brasileira, redigida pela Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, datada de 3 do corrente, com o título "Resolução Política", quando oito folhas pedantes, pretensiosas e arrogantes, criticam aqueles que teimam em falar em "anulação das eleições passadas e no impeachment da presidente Dilma Rousseff".

É choro de perdedor, dizem eles e, até concordo, porque Dilma, até que apareçam provas em contrário (provas reais e não falácias), ganhou as eleições democraticamente, na contagem final de votos. É como diz o provérbio popular: "Todo povo tem o governo que merece".

Abaixo, segue um pequeno trecho do artigo mencionado, para conhecimento de quem ainda dele não tomou conhecimento:

  

"A reeleição da companheira Dilma Rousseff para presidir o Brasil até 31 de dezembro de 2018 é uma grande vitória do povo brasileiro. Uma vitória comemorada por todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda no mundo e, particularmente, na América Latina e no Caribe.

Uma vitória sobretudo do PT e do nosso projeto, que conquista um quarto mandato, algo que nenhuma outra força política havia alcançado até agora no País.

Foi uma disputa duríssima, contra adversários apoiados pela direita, pelo oligopólio da mídia, pelo grande capital e seus aliados internacionais. Vencemos graças à consciência política de importantes parcelas de nosso povo, da mobilização da antiga e da nova militância de esquerda, da participação de partidos de esquerda e da dedicação e liderança do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.

Nossa candidata soube conduzir a campanha com firmeza e sem recuos, mesmo nos momentos mais difíceis. O enfrentamento com o adversário em debates comprovou o preparo e a diferença da nossa…"

Tudo bem, tripudiem, porque nós merecemos, não sabemos usar nossas armas, o VOTO Destronador, da maneira que eles deveriam ser usados. Lembramos que o PT clama e canta de galo por estar falando pela maioria do povo; mas isso não é verdade (mais uma vez fica provado pela equação abaixo)!

Objetivamente, eles representam apenas 38,2%, enquanto 61,8% do eleitorado não vota no PT, logo, ainda somos a maioria que, definitivamente, os descartam! Abaixem portanto a sua bola! Só nos falta União e Solidariedade em torno de um único objetivo, derrotar o PT através do voto sem precisar da ajuda de ninguém! Caso contrário, passaremos desta para a outra sem sentir o sabor da vitória!

142.8 milhões de Eleitores

54.5 milhões de votos para Dilma

51.0 milhões de votos para Aécio

30.1 milhões de abstenções

5.2 milhões de votos nulos

2.0 milhões de votos brancos

38.2% dos eleitores votaram em Dilma

61.8% dos eleitores não votaram em Dilma

Uma anomalia da democracia representativa: o governo, no caso desta eleição, não representa a maioria do eleitorado, mas a maioria dos votos válidos. Uma minoria de eleitores elegeu a Dilma. Está aí a grande falácia em que muitos embarcaram, de se abster ou anular por antipatia a um partido/candidato. Agora somos TODOS reféns dos 38,2%.

Paciência, quatro anos passam rápido e até lá, quem sabeP, resolvam somar e não diminuir como vem acontecendo nas duas últimas eleições. 

Título e Texto: Almir Papalardo, 13-11-2014