José Sócrates foi hoje detido
Felícia Cabrita
O ex-primeiro-ministro é
suspeito de crimes de corrupção, fraude fiscal agravada, branqueamento de
capitais e falsificação de documentos – apurou o SOL junto de fontes
conhecedoras do processo.
Trata-se de uma investigação
liderada pela Inspecção Tributária de Braga, no âmbito de um inquérito aberto
no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Além de Sócrates
foram detidos outros três arguidos.
A acompanhar as diligências,
ontem e hoje, que incluíram buscas, esteve o juiz de instrução Carlos
Alexandre.
Os crimes em causa terão
ocorrido nos dois mandatos em que Sócrates esteve à frente do Governo. Há mais
três detidos.
Texto: Felícia Cabrita, SOL,
22-11-2014, 00:01:00
#JoséSócrates
PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
ResponderExcluirGabinete da Procuradora-Geral da República
Nota para a Comunicação Social
Inquérito DCIAP - Diligências
Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, a Procuradoria-Geral da República torna público o seguinte:
No âmbito de um inquérito, dirigido pelo Ministério Público e que corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e onde se investigam suspeitas dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, na sequência de diligências, desencadeadas nos últimos dias, foram efetuadas quatro detenções.
Entre os detidos encontra-se José Sócrates.
Três dos detidos foram presentes ao juiz de instrução criminal durante o dia de sexta-feira, sendo que os interrogatórios serão retomados este sábado. Também este sábado, o quarto arguido será presente ao juiz de instrução.
Foram ainda realizadas buscas em vários locais, tendo estado envolvidos nas diligências quatro magistrados do Ministério Público, e sessenta elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Polícia de Segurança Pública (PSP), entidades que coadjuvam o Ministério Público nesta investigação.
O inquérito, que investiga operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível, encontra-se em segredo de justiça.
Esclarece-se também que esta investigação é independente do denominado inquérito
Monte Branco, não tendo tido origem no mesmo.
Lisboa, 22 de novembro de 2014
O Gabinete de Imprensa