Luciano Henrique
Que os norte-americanos da
direita já estão um pouco mais evoluídos que os direitistas do Brasil, no
momento de duelar com a extrema-esquerda, quanto a isso ninguém duvida. Ainda
temos que comer muito feijão com arroz para chegar no nível de alguns
articulistas de direita de lá que, ainda assim, estão trilhando um caminho para
poderem enfim adentrarem à guerra política no mesmo nível em que os
esquerdistas.
Aqui no Brasil, quase sempre
um direitista acha que deve responder às perguntas da extrema-esquerda. É por
isso que o CQC faz a festa quando se defronta com um deles. Enquanto a
extrema-esquerda entende que tudo que fazem é parte de um jogo político,
direitistas, centristas e até alguns da esquerda moderada respondem como se
esse jogo não existisse. A partir do momento em que conhecemos como funciona a
guerra política, o resultado é sempre percebido por nós como digno de vergonha
alheia.
Isso que Larry Elder fez com o
picareta Piers Morgan é algo que não tão cedo veremos alguém fazer com um
jornalista bolivariano aqui no Brasil. Elder, autor de livros como Stupid Black
Men: How To Play The Race Card-And Lose e Dear Father, Dear Son: Two
Lives…Eight Hours, simplesmente alcançou um estágio de cognição política que
muitos aqui no Brasil aqui ainda não conseguiram assimilar.
É simples: política é guerra
de posição, na qual o agressor geralmente prevalece, com a vitória ficando do
lado do povo. Isso resume alguns dos mais importantes princípios da guerra
política, tão bem sumarizados por David Horowitz. (E ressalto que Horowitz não
tem o único modelo, mas acho-o utilíssimo como pilar de uma educação política,
por sumarizar o funcionamento da política em apenas seis princípios)
No embate de 11 minutos (que
veremos a seguir), quem se posicionou mais a favor do povo (especialmente os
excluídos)? Quem conseguiu lançar mais rótulos de forma intensa no oponente?
Quem marcou posições, com símbolos de medo e esperança, de forma mais
efetivamente? Obviamente, veremos que Elder venceu Morgan em todos esses
quesitos.
Para os puristas que dizem
“mas ele não respondeu as perguntas de Morgan”, basta lembrar que Dilma não
respondeu a nenhum questionamento na época das eleições, durante os debates, e
venceu a contenda. Na guerra política, não é preciso responder às perguntas do
oponente da extrema-esquerda, até por que quase sempre elas serão perguntas
falaciosas. O melhor é estabelecer o seu ponto, e ir marcando posição.
Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 30-11-2014
NdE: O “Sensacional!” é por
minha conta.
Segue abaixo então, para fins
didáticos, como se debater com um ultra-esquerdista:
Neste programa veiculado ao
vivo no dia 17 de julho de 2013, Larry Elder e Piers Morgan discutem
acaloradamente os casos de suposta morte por racismo nos EUA, mais
especificamente o então recente que envolveu o hispânico branco George
Zimmerman, o negro Trayvon Martin e a testemunha Rachel Jeantel.
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