Luís Naves
O que mais aprecio no Natal
não é a entrega dos presentes nem a alegria frenética do consumo, mas o retorno
da amabilidade. Na época de Natal, as pessoas estão mais dispostas a um sorriso
fraterno, ao sincero desejo de boas festas, à simples saudação, ao aceno, ao
abraço, a uma simpatia. Não acaba a maldade nem deixam de existir corações
pesados, não desaparecem por milagre a hipocrisia ou o cinismo, simplesmente
surgem momentos a favor de desconhecidos. No Natal, regressa a abertura à
tolerância, reforça-se o sentimento de partilha. Pena que esta disposição dure
tão pouco, que seja confundida com a corrida às compras e também é pena que as
famílias sejam cada vez menores e haja maior número de solitários, mas por
estes dias surgem sorrisos gordos e as pessoas estão sensíveis à cortesia,
querem o melhor para os outros, e por um pequeno período vemos menos crispação
nas caras e até um pedacinho de jovialidade, por minúsculo que seja.
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