Valmir Fonseca Azevedo
Alguns dizem que existem dois brasis. Outros, que é uma blasfêmia. É só
um.
Entretanto, é flagrante que o povo está dividido e em guerra, e temos
duas facções, os jeitosos e os correligionários dos comunas contra os
cidadãos.
Alguns afirmam que a pátria inzoneira tem corruptores e corruptos, e
temos os pequenos e os grandes ladrões. E os submissos explorados por ambos.
Infelizmente, alguns nacionais ao terem a oportunidade de corromperem ou
serem corrompidos, de efetuarem algum desvio ou tirarem uma vantagem ilícita,
lá estarão eles.
Sim, nem todos abandonaram os seus princípios, os seus valores, mas nas
sombras da impunidade e da falta de responsabilidade, são massacrados pelos
chegados a uma cretinice.
E perdendo os cidadãos, pois a lei pode ser mudada ao critério dos
interesses, inclusive pessoais se o interessado tiver poder ou viver sob a
proteção dos mafiosos.
É gritante que vivemos uma guerra civil e os cidadãos estão
sofrendo fragorosas derrotas e o resultado das batalhas tem sido
desmoralizantes, pois além das perdas econômicas, o País prossegue a sua morosa
trajetória de uma nação de eterno futuro.
O grande temor é que a nossa dimensão como nação esteja nos seus
mais deploráveis momentos, visto que foram sepultadas a dignidade, a honra e a
vergonha. Nesta luta inglória vemos o réquiem de um território sem leis e sem
pudores.
Hoje, na prática, estamos em Guerra. Graças à impunidade e à nefasta
menoridade criminal e à desmoralização dos órgãos de prevenção da criminalidade
temos o maior índice de assassinatos do mundo.
A situação interna e internacional é tão deprimente que alguns nacionais,
no exterior, preferem omitir a sua nacionalidade, pois a imagem do País lá fora
é de uma esplendorosa esbórnia.
Somos conhecidos pela falta de responsabilidade, de honra, de
honestidade, o que os espertos alegam ser compensado pela nudez de nossas
damas, pelo nosso carnaval de sacanagens, pelo enorme efetivo de LBGTS, pela
prostituição de menores e pelo nosso massacrante futebol.
Os inimigos dos cidadãos vivem sorrindo, comparecem em peso às
manifestações do povaréu gay, aos trios elétricos, aplaudem a queima de ônibus
e apoiam as greves, que consideram um direito inalienável dos desvalidos dos
sindicatos.
Hoje, existe uma atroz dúvida nos cidadãos: vale a pena prosseguir na
luta? Combatemos pela grandeza da nação ou pelo seu povo? Como separar o joio
do trigo?
Os militares apegaram-se à defesa da Pátria, e nos seus princípios
juram defendê-la com o sacrifício da própria vida. Será que a sua
determinação seria inabalável se fosse defender o povo com a própria vida? É
provável que não.
Tudo indica que o Petrolão foi desnudado por acaso, pois o escândalo de
Pasadena foi glamoroso e vexaminoso que nada poderia ocultá-lo.
Contudo, a cada dia uma simples investigação sobre diversas áreas
destampa falcatruas e corrupções homéricas. De fato, em cada setor da nossa
administração, em cada obra, na área elétrica, nos transportes, nas estradas e
em quantas alguém retirar a tampa, lá estarão os nativos enfurnados até a
pleura nas maracutaias.
Apesar da bancarrota econômica da gestão do desgoverno, diariamente somos
informados de que a Petrobras em virada espetacular logo estará a todo o vapor,
que a inflação está sob controle e é sempre menor do que no semestre anterior.
Os nacionalistas, em desespero, tardiamente, solicitaram o apoio do
falecido Chapolin Colorado.
Os inimigos da nação têm o apoio de Marx, de Stalin, de Fidel, de Chávez,
de Tarso, de Marighela, de Che Guevara, de Lamarca, de Genuíno, de Frei Beto,
de Dallari, do STF, do Congresso, de tanta gente que é inútil resistir.
A todo o momento, aguardamos a rendição total, pois os militares da ativa
já abandonaram o campo de batalha e ensarilharam as armas em 10 de dezembro de
2014, em submissão ao prescrito no relatório da leviana e revanchista “Comissão
da Verdade” (?).
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira,
Brasília, DF, 13 de dezembro de 2014
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