sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Arbeit macht frei (E o PT)

Esta era a frase colocada na porta dos campos nazistas de extermínio, e mais sarcasmo impossível pois não se podia esperar melhor coisa de um regime repugnante em todos os sentidos.
Vamos nos imaginar no lugar de um Judeu entrando em Auschwitz, por exemplo, olhando acima daquele portão e lendo a frase que dizia   “O trabalho Liberta.” 


O que será que sentiríamos?
Ali, naquela porta ele começava a morrer e a sua alma se libertaria após anos de trabalhos forçados e tratamento inqualificáveis.
Os nazistas não poderiam ter sido mais literais ao ter imaginado aquela frase, mas Rudolf Franz Ferdinand Hob, como comandante de Auschwitz-Birkenau, foi quem mandou colocar a famosa frase nos portões e, segundo ele sem intenção de escárnio, ou falsa promessa, usando-a apenas como uma espécie de declaração mística de que o auto-sacrifício na forma do trabalho sem fim traz, em si mesmo, um tipo de libertação espiritual.

Um escárnio sem limites, que usavam e abusavam segundo as suas mentes doentias inseridas em um regime totalmente paranoico, que conseguiu levar a Alemanha ao delírio e posterior ruína.

Esta semana  em Auschwitz se comemoram os setenta nos da libertação dos presos nos campos de concentração.

Será realizada uma homenagem a todos os que lá morreram e sofreram abusos sem limites. Estarão presentes chefes de nações do mundo inteiro para lembrar ao mundo que o que ocorreu há mais de setenta anos atrás, jamais poderá ser repetido, pois rebaixou o homem à condição de besta humana.

Esta semana, também e por coincidência, nós do Aerus, temos muito a comemorar pois o holocausto em que o partido que ora nos governa usando a mesma palavra em sua estrela, tentou fazer com que nos libertássemos espiritualmente através de uma tragédia patrocinada por eles, durante quase nove anos.

Terminou, fomos libertados não por soldados como os Judeus, mas por uma junta de Desembargadores, que soube dar um basta a todas as maldades, a todo o escárnio em que nos envolveram.

A hipócrita diferença é que não nos colocaram em campos de concentração.
Fizeram de tudo para que vivêssemos os nossos campos particulares.

O dia 26 de janeiro de 2015, deverá ser lembrado sempre como o dia em que o holocausto tupiniquim com ideais de libertação espiritual estrelada, não vingou nem vingará jamais, porque infelizmente os Judeus não puderam lutar, não puderam enfrentar os seus algozes. Nós podemos!

A estrela vermelha, só se esqueceu de que a época é outra e que apesar de terem matado cerca de 1500 dos nossos, muitos ainda estarão aqui para enfrentar qualquer tentativa de querer libertar espiritualmente quem quer que seja.
A qualquer momento.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 28-1-2015

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