terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Paúl revela a farsa das UPP

No seu terceiro livro “UPP – Uma farsa eleitoral”, o coronel Paulo Ricardo Paúl arrasa a farsa eleitoral das UPP. Foram muitas as páginas cujos cantos dobrei, outras tantas em que marquei parágrafos… Recomendo vivamente!



“Como policial militar reformado, com quase meio século de conhecimento da profissão (ingressei em 1965), fiquei perplexo com o mito do  que está sendo impingido, sob holofotes de parte da mídia acumpliciada, como salomônica solução dos erros e males da segurança pública no nosso Estado e, vale dizer, no nosso país, já que a atuação do narcotráfico se situa em âmbito nacional.

Só me restou lamentar, estarrecido, a que ponto, desavergonhadamente, esse irresponsável ‘desgoverno’ Cabral relegou a Segurança Pública, por sua nefasta política, que não só apenas atinge a PMERJ, mas também os demais órgãos integrantes do sistema e, por último, de modo desastroso, a própria população.

O trabalho ora publicado, de oportuno, vem suprir importante lacuna na análise dessa triste e flagrante realidade. Traz nele três marcas indeléveis.

Este livro vem à luz como forte brado.
O incontido grito de quem – percebendo que as já existentes mazelas policiais foram agravadas pelo “festivo” Projeto UPP – não se limitou à simples crítica ou ao que seria a mera reação a desafetos políticos, mas buscou disponibilizar dados e fatos comprovadores de seu entendimento, nivelando-se ao que se pode chamar de Estudo de Estado-Maior, em acurada análise de dada situação.

Este livro vem à luz como nítido alerta.
A sincera preocupação de quem, diligente profissional, pôde antever os graves problemas que a açodada implementação das UPPs – fruto de faraônico projeto de claro objetivo eleitoreiro –,  trouxe aos policiais militares, ao futuro da PMERJ e à incauta população, sempre ludibriada por inquilinos do poder e pela mídia mancomunada. Problemas que, por certo, se agravarão.

Este livro vem à luz como pujante ideal.
A postura idealista de quem, policial militar íntegro e dotado de acendrado amor corporativo, apesar de tantas adversas situações, sempre buscou reagir ao lento desmoronamento da Corporação e à complacência de seus comandantes, que vêm implicar a grave deterioração do próprio sistema de segurança pública. Atitude destemida, que, aliás, retrata o valor dos verdadeiros policiais militares.

Que, então, o leitor possa sentir o brado, o alerta, o ideal.
Nelson HERRERA Ribeiro, Coronel PM Reformado, agosto de 2014

“A pacificação é mentira. O governo estadual, subsidiando a imprensa carioca, vem conseguindo esconder do povo a realidade. A ideia de fazer chegar o braço do Estado nas comunidades é antiga (ACISO; CIPOC, CPAE etc.), sendo as UPPs a sua encarnação atual. Novamente o braço do Estado é só a PM. Desta vez, levam para a comunidade alguns containers e todo o efetivo de policiais militares recém-formados. Vão ocupando as comunidades, mas antes avisam sobre a ocupação, não prendem ninguém, transferindo os marginais de comunidade. Deixam os Batalhões sem efetivo, aumentando a criminalidade no asfalto sem diminuir a violência no Estado.

Estão usando o termo ‘griffe de governo’, na realidade propaganda enganosa, sofisma, premissa falsa, factoide, politicagem, mentira.”
Francisco Carlos Vivas, Coronel PM – Coronel Barbono


“A implantação de grandes efetivos em comunidades carentes começou no governo Garotinho com o projeto dos GPAEs. O governo Sérgio Cabral desvirtuou o projeto, alterando o nome para UPP e implantando em diversas comunidades sem qualquer planejamento. O fracasso foi total. O LIVRO EXPÕE TODA A VERDADE.”
Márcio Barreto dos Santos Garcia, Major Bombeiro Militar, bacharel em Direito e Vereador do município do Rio de Janeiro


UPPs provocam arrastões e Celacanto provoca maremoto
Celacanto provoca maremoto”. A frase grafitada décadas atrás, pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, gerou curiosidade e diferentes interpretações, mas, anos depois, o autor do grafite, o jornalista Carlos Alberto Teixeira, esclareceu que a citação não tinha qualquer significado especial.


“UPPs provocam arrastões”. Não grafitei essa frase em lugar algum, diferentemente do que fez Carlos Alberto Teixeira, mas se o tivesse feito, a mensagem teria todo o sentido.

O leitor poderá estar refletindo: Por que os arrastões que estão ocorrendo nas praias com UPPs?

Não é difícil a resposta. Chega a ser lógica. Bandido tem família e tem despesas. Se o criminoso perde espaço na atividade criminosa que exerce, infelizmente, não vai procurar emprego no mercado formal, para o qual não está qualificado; então continuará buscando dinheiro de forma ilícita.

O bandido também precisa de dinheiro. Algo que consegue, não só roubando ou furtando o dinheiro em espécie, mas vendendo o produto de suas ações, como automóveis, celulares e câmeras.

Encurralado, apartado da sua fonte de dinheiro, ele migra para outra atividade ou segue para outro local onde exercerá a atividade habitual.

Em apertada síntese, o criminoso que trabalha no comércio de drogas, ao ver a sua comunidade ocupada por UPP, passa a ter as seguintes opções:

– permanecer trabalhando no tráfico da comunidade;

– permanecer na comunidade, mas sem espaço no tráfico, partindo para ações criminosas nas ruas; mudando de ramo, por assim dizer;

– migrar para outra comunidade onde continuará trabalhando no comércio de drogas ílicitas.

Bandido não vira trabalhador da noite para o dia, tem despesas para pagar e família para sustentar, ninguém se esqueça disso.

Esse raciocínio vale para a função mais elevada na hierarquia do movimento da comunidade até a da base da pirâmide, composta por jovens sem formação escolar, sem profissão e sem projeto de vida.

A partir dessas premissas, procure entender o que está acontecendo em todo o Estado do Rio de Janeiro, onde criminosos oriundos das comunidades pacificadas estão tentando obter dinheiro em outras regiões e de todas as formas.

As praias lotadas e a falta de policiamento ostensivo nas ruas transformam não só as areias, mas também as ruas adjacentes e o interior dos coletivos lotados, em inesgotáveis fontes de recursos, através da prática de furtos em massa, que caracterizam os chamados ‘arrastões’.

A ilação atende à lógica dos fatos que estamos vivendo no Rio de Janeiro.

Concordando ou não, tente achar resposta à indagação que ninguém ainda pôde responder:
Que ‘pacificação’ é essa que o governo e a grande imprensa inventaram?
Paulo Ricardo Paúl, in “UPP – Uma farsa eleitoral”, páginas 130/131

Digitação: JP, 20-1-2015

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