No seu terceiro livro “UPP – Uma farsa eleitoral”,
o coronel Paulo Ricardo Paúl arrasa a farsa eleitoral das UPP. Foram muitas as
páginas cujos cantos dobrei, outras tantas em que marquei parágrafos… Recomendo
vivamente!
“Como policial militar reformado, com quase meio
século de conhecimento da profissão (ingressei em 1965), fiquei perplexo com o
mito do que está sendo impingido, sob
holofotes de parte da mídia acumpliciada, como salomônica solução dos erros e males
da segurança pública no nosso Estado e, vale dizer, no nosso país, já que a
atuação do narcotráfico se situa em âmbito nacional.
Só me restou lamentar, estarrecido, a que ponto,
desavergonhadamente, esse irresponsável ‘desgoverno’ Cabral relegou a Segurança
Pública, por sua nefasta política, que não só apenas atinge a PMERJ, mas também
os demais órgãos integrantes do sistema e, por último, de modo desastroso, a
própria população.
O trabalho ora publicado, de oportuno, vem suprir
importante lacuna na análise dessa triste e flagrante realidade. Traz nele três
marcas indeléveis.
Este livro vem à luz como
forte brado.
O incontido grito de quem – percebendo que as já
existentes mazelas policiais foram agravadas pelo “festivo” Projeto UPP – não se limitou à simples
crítica ou ao que seria a mera reação a desafetos políticos, mas buscou
disponibilizar dados e fatos comprovadores de seu entendimento, nivelando-se ao
que se pode chamar de Estudo de
Estado-Maior, em acurada análise de dada situação.
Este livro vem à luz como
nítido alerta.
A sincera preocupação de quem, diligente
profissional, pôde antever os graves problemas que a açodada implementação das
UPPs – fruto de faraônico projeto de claro objetivo eleitoreiro –, trouxe aos policiais militares, ao futuro da
PMERJ e à incauta população, sempre ludibriada por inquilinos do poder e pela
mídia mancomunada. Problemas que, por certo, se agravarão.
Este livro vem à luz como
pujante ideal.
A postura idealista de quem, policial militar
íntegro e dotado de acendrado amor corporativo, apesar de tantas adversas
situações, sempre buscou reagir ao lento desmoronamento da Corporação e à
complacência de seus comandantes, que vêm implicar a grave deterioração do
próprio sistema de segurança pública. Atitude destemida, que, aliás, retrata o
valor dos verdadeiros policiais militares.
Que, então, o leitor possa sentir o brado, o
alerta, o ideal.
Nelson HERRERA Ribeiro, Coronel PM Reformado,
agosto de 2014
“A pacificação é mentira. O governo estadual,
subsidiando a imprensa carioca, vem conseguindo esconder do povo a realidade. A
ideia de fazer chegar o braço do Estado nas comunidades é antiga (ACISO; CIPOC,
CPAE etc.), sendo as UPPs a sua encarnação atual. Novamente o braço do Estado é
só a PM. Desta vez, levam para a comunidade alguns containers e todo o efetivo
de policiais militares recém-formados. Vão ocupando as comunidades, mas antes
avisam sobre a ocupação, não prendem ninguém, transferindo os marginais de
comunidade. Deixam os Batalhões sem efetivo, aumentando a criminalidade no
asfalto sem diminuir a violência no Estado.
Estão usando o termo ‘griffe de governo’, na
realidade propaganda enganosa, sofisma, premissa falsa, factoide, politicagem, mentira.”
Francisco Carlos Vivas, Coronel PM – Coronel
Barbono
“A implantação de grandes efetivos em comunidades
carentes começou no governo Garotinho com o projeto dos GPAEs. O governo Sérgio
Cabral desvirtuou o projeto, alterando o nome para UPP e implantando em
diversas comunidades sem qualquer planejamento. O fracasso foi total. O LIVRO
EXPÕE TODA A VERDADE.”
Márcio Barreto dos Santos Garcia, Major Bombeiro
Militar, bacharel em Direito e Vereador do município do Rio de Janeiro
UPPs provocam arrastões e
Celacanto provoca maremoto
“Celacanto
provoca maremoto”. A frase grafitada décadas atrás, pelas ruas da cidade do
Rio de Janeiro, gerou curiosidade e diferentes interpretações, mas, anos
depois, o autor do grafite, o jornalista Carlos Alberto Teixeira, esclareceu que a citação não tinha qualquer significado
especial.
“UPPs provocam arrastões”. Não grafitei essa frase
em lugar algum, diferentemente do que fez Carlos Alberto Teixeira, mas se o
tivesse feito, a mensagem teria todo o sentido.
O leitor poderá estar refletindo: Por que os
arrastões que estão ocorrendo nas praias com UPPs?
Não é difícil a resposta. Chega a ser lógica.
Bandido tem família e tem despesas. Se o criminoso perde espaço na atividade
criminosa que exerce, infelizmente, não vai procurar emprego no mercado formal,
para o qual não está qualificado; então continuará buscando dinheiro de forma
ilícita.
O bandido também precisa de dinheiro. Algo que
consegue, não só roubando ou furtando o dinheiro em espécie, mas vendendo o
produto de suas ações, como automóveis, celulares e câmeras.
Encurralado, apartado da sua fonte de dinheiro,
ele migra para outra atividade ou segue para outro local onde exercerá a
atividade habitual.
Em apertada síntese, o criminoso que trabalha no
comércio de drogas, ao ver a sua comunidade ocupada por UPP, passa a ter as
seguintes opções:
– permanecer trabalhando no tráfico da comunidade;
– permanecer na comunidade, mas sem espaço no
tráfico, partindo para ações criminosas nas ruas; mudando de ramo, por assim
dizer;
– migrar para outra comunidade onde continuará
trabalhando no comércio de drogas ílicitas.
Bandido não vira trabalhador da noite para o dia,
tem despesas para pagar e família para sustentar, ninguém se esqueça disso.
Esse raciocínio vale para a função mais elevada na
hierarquia do movimento da comunidade até a da base da pirâmide, composta por
jovens sem formação escolar, sem profissão e sem projeto de vida.
A partir dessas premissas, procure entender o que
está acontecendo em todo o Estado do Rio de Janeiro, onde criminosos oriundos
das comunidades pacificadas estão tentando obter dinheiro em outras regiões e
de todas as formas.
As praias lotadas e a falta de policiamento
ostensivo nas ruas transformam não só as areias, mas também as ruas adjacentes
e o interior dos coletivos lotados, em inesgotáveis fontes de recursos, através
da prática de furtos em massa, que caracterizam os chamados ‘arrastões’.
A ilação atende à lógica dos fatos que estamos
vivendo no Rio de Janeiro.
Concordando ou não, tente achar resposta à
indagação que ninguém ainda pôde responder:
Que ‘pacificação’ é essa que
o governo e a grande imprensa inventaram?
Paulo Ricardo Paúl, in “UPP – Uma farsa eleitoral”, páginas
130/131
Digitação: JP,
20-1-2015
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