domingo, 25 de janeiro de 2015

Por que sou teísta...

Valdemar Habitzreuter
“Pai-nosso que estás nos céus” (Pater noster qui es in coelis)... É assim que começa a oração milenar, que atravessa séculos, ensinada por Cristo. Essa oração é dirigida a um Pai que está no céu – o Deus cristão. Quem é esse Pai? O que é e onde está esse céu? Perguntas difíceis de responder se quisermos uma resposta por critérios com base empírica.

Para começar, talvez, tenhamos de fazer uma abordagem de cunho metafísico – no sentido de transcender o aspecto físico –, pois a via empírica (dos sentidos) nos é vetada, não há evidências físicas desse Pai no céu. Não podemos tocá-lo ou vê-lo; nem cheirá-lo ou degustá-lo; talvez ouvi-lo? Também não, a não ser pelo ouvido interno, a alma. E o que ouvimos, neste caso, é inaudito.

Pela via inteligível também não obtemos sucesso, uma vez que a inteligência fabrica conceitos com base em sensações, ou seja, sem os fenômenos (as coisas concretas) não podemos abstrair e ter a noção das coisas. Por exemplo, todos já vimos uma mesa (um tampo com quatro pernas); daí podermos ter o conceito de mesa e saber o que é uma mesa. Quando alguém diz ‘mesa’ sabemos o que é e não há necessidade de apontar para uma concretamente. Mas este Pai no céu não é um fenômeno com alguma aparência. Portanto, não podemos ter uma noção dele.  

Assim, esse Pai é incognoscível, empírica e intelectualmente falando. Mas, temos um insight de que há Algo suprafísico como a nos espreitar; suspeitamos que estamos na presença de Algo que a tudo invade e perpassa, embora não se apresente concretamente; sentimos um Ser palpitar em tudo. O verbo sentir não é apropriado para expressar isso, estaríamos aludindo aos sentidos. Portanto, é um sentir diferente dos nossos sentidos; paradoxalmente, é um sentir sem sentir, mas algo que nos faz perceber que somos abarcados por um Ser e inseridos Nele. Esse é o Pai Nosso, o Deus impessoal. O Ser que a tudo e todos sustenta. É a Substância que subjaz a todo existente.

E o céu? Um lugar físico? Claro que não. Como o Pai, também não podemos conceituar o céu. Também aí precisamos abandonar os sentidos e deixar-nos guiar pelo insight que nos eleve a uma situação de paz e ausência de materialidade e espaço. É assim que o Pai nosso se expressa: ser o Ser em paz. Isto é ‘estar no céu’.

Como ter acesso ao nosso Pai no céu? Pela faculdade da intuição (insight). Não este tipo de intuição como comumente se diz de as mulheres possuírem – o sexto sentido. Nada disso. Refiro-me a uma intuição filosófica que é uma faculdade acima da intelectualidade e apreende o objeto do conhecimento absolutamente porque se insere nele ao transportar-se ao seu interior em que sujeito e objeto se fundem. Segundo o filósofo Henri Bergson, a “intuição é a simpatia pela qual nos transportamos ao interior de um objeto para coincidir com o que ele tem de único e, por conseguinte, de inexprimível...”.  

O acesso ao Pai se faz, portanto, por esta simpatia que nos transporta ao interior desse Ser – o Deus Pai de Cristo – e não saberíamos expressar em palavras o que Ele é, mas O experienciaríamos em toda plenitude, pois estaríamos em seu interior, mas sem a concorrência dos sentidos que relativizam seus objetos de conhecimento. Através da prática de intuir e concentração da mente no Ser teremos acesso à paz celestial, a morada do Pai. Os que se dedicam à meditação praticam esta intuição. Meditar é silenciar o revoar dos pensamentos e apaziguar os sentidos, é elevar-se e estabelecer-se no Ser – concentrar-se em 'eu sou'.

A palavra simpatia é conveniente explicar. É uma palavra de origem grega (sin+pathos) e significa sentir com, sofrer com. Pela simpatia somos um com o objeto intuído. É por isso que Cristo pôde dizer: “eu e o Pai somos um”. Ele realizou, como homem, o Ser Absoluto – ou Deus, a quem chamou de Pai. Esta façanha também está ao nosso alcance e o céu na terra como consequência – a felicidade. 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 25-1-2015

4 comentários:

  1. Não discuto as razões dos teístas, como não gosto de discutir meus princípios ateus, que são baseados, nas filosofias socráticas e epicuristas.
    Sempre em meus diálogos eu digo que Abraão é o papa de todas as religiões cristãs, islâmicas e judaicas.
    Que todas copiaram os princípios judeus, e ajustaram asos mundos ocidentais e orientais.
    Sem Constantino a religião cristã teria perecido no marasmo, ou seria mais uma fenda terrorista no mundo tal e qual o islã.
    Não é por acaso, que a oração judaica "Avinu Malkênu, ou Nosso Pai, Nosso Rei", foi descaradamente copiada e até tornada mais curta pelos apóstolos de Cristo.
    A invocação Pai Nosso = Avinu é a mais comum das orações na liturgia judaica.

    O Pai-Nosso ecoa orações judias para Deus; santificando Seu nome, falando de Seu reino, do perdão e do sustento.
    Em cada versículo do ‘Pai Nosso’ – a mais judaica das orações - contém a literatura rabínica.
    Ela é excelente exemplo de como é impossível apreciar completamente passagens do Novo Testamento sem o seu próprio contexto judaico. Essa proximidade cristã na liturgia da sinagoga, a qual Jesus era devoto.
    Jesus era JUDEU.
    A essência do Pai Nosso, que transformaram numa expressão suprema da fé cristã, foi extraída de obras religiosas judaicas, chegando a usar a mesma retórica.
    “Pai nosso que estais no Céu”, são uma paráfrase de parte das falas éticas do Pirkei Avot “...fazer a vontade do teu Pai que está no Céu.”

    O conceito de “Pai Nosso” referindo-se à deus, somente é encontrado em fontes hebraicas, no Talmud em Yomah, Sotah, Avot, Vaikrah Rabah , na liturgia, e nas quinta e sexta bênçãos do Shmone Esra.
    - Hashivênu avinu letoratêcha, vecarvênu malkênu laavodatêcha, vehachazirênnu biteshuvá shelema lefanêcha. Baruch ata Adonai, harotse biteshuvá.
    “Reconduze-nos à Tua lei, nosso Pai, retoma-nos ao Teu serviço, nosso Rei, e faze com que regressemos com sincero arrependimento para ti. Bendito sejas Tu, Deus, que te comprazes com o arrependimento”.

    Selach Ianú avinu ki chatánu, mechal Ianú malkênu ki fashánu, ki El tov vessalach áta. Baruch ata Adonai, chanun hamarbê lislôach.

    “Perdoa-nos, nosso Pai, pois pecamos; perdoa-nos, nosso Rei, pois transgredimos; porque tu és um Deus bom e clemente. Bendito sejas Tu, Deus Misericordioso que perdoas abundantemente”.

    Kadesh et shimcha al makdishei shemecha, vekadesh shimcha beolamecha.
    “Santifica o Teu nome no Teu mundo por Teu povo, que santifica o Teu nome”.

    Vou colocar a oração das 18 bênçãos que os judeus rezam 3 vezes ao dia, nos próximos diálogos.

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  2. 1ª Bênção
    Bendito sejais, Senhor,
    nosso Deus e Deus de nossos pais,
    Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob,
    Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo.
    Deus Grande, Deus Forte, Deus Imortal,
    Deus Altíssimo, que nos encheis de bondade.
    Deus que criastes todas as coisas,
    e nos destes um Redentor, Jesus,
    Em atenção ao seu Nome, por amor, Rei compassivo, Salvador e Defensor!

    Bendito sejais, Senhor,
    Deus do Vosso Povo! Aleluia!

    2ª Bênção
    Vós sois, Senhor, eternamente poderoso,
    E nos dais a salvação a cada momento.
    No Verão: Vós fazeis descer o orvalho.
    No Inverno: Vós fazeis soprar o vento e cair a chuva.
    Alimentais os seres vivos por amor
    e ressuscitais os mortos.
    Pela vossa grande Misericórdia, amparais os que caem, curais os doentes e libertais os cativos.
    Quem como Vós, Senhor, é poderoso?
    Quem Vos é comparável?
    Rei que fazeis morrer e fazeis viver, que fazeis desabrochar a salvação.
    Vós ressuscitais os mortos.

    Bendito sejais, Senhor,
    Vós que fazeis ressuscitar os monos!

    3ª Bênção
    (em voz baixa)
    Vós sois Santo e o Vosso Nome é santo.
    E os santos louvar-Vos-ão cada dia. Aleluia!
    Bendito sejais, Senhor, o Deus Santo!
    (em voz alta, alternando o oficiante e a comunidade)
    - De coração sincero todos dizem: Bendito!
    - Bendita a glória de Deus do lugar onde habita!
    - E nas Suas Escrituras Santas diz:
    - O Senhor reina eternamente,
    teu Deus, ó Sião, de idade em idade. Aleluia!

    4ª Bênção
    Pela graça, Vós dais ao homem o conhecimento,
    e ensinais ao ser humano o discernimento.
    Dai-nos pela Vossa graça,
    conhecimento, discernimento e inteligência.

    Bendito sejais, Senhor,
    Que dais por graça o conhecimento.
    5ª Bênção
    Fazei-nos regressar, nosso Pai, à Vossa Lei.
    Recebei-nos e fazei-nos regressar a Vós
    Com nosso arrependimento perfeito.

    Bendito sejais, Senhor,
    que Vos regozijais com o nosso arrependimento.

    6ª Bênção
    Perdoai-nos, Senhor, porque nós pecamos.
    Dai-nos a graça de que temos necessidade.
    Porque sois Aquele que dá a graça e perdoa.

    Bendito sejais, Senhor,
    que dais a graça e multiplicais o perdão.
    Amen. Aleluia, Aleluia!

    7ª Bênção
    Olhai a nossa miséria e conduzi o nosso combate.
    Livrai-nos sem demora por causa do Vosso Nome
    Porque sois o Libertador poderoso.

    Bendito sejais, Senhor, nosso Libertador.

    8ª Bênção
    Curai-nos, Senhor, e nós seremos curados;
    Salvai-nos e seremos salvos,
    Porque Vós sois a razão do nosso louvor.
    Concedei-nos uma cura total das nossas feridas,
    porque sois médico fiel e misericordioso.
    Concedei-nos uma cura total.

    Bendito sejais, Senhor,
    que curais as doenças do Vosso Povo santo

    9ª Bênção
    Bendito sejais, Senhor, nosso Deus,
    por este tempo e pelo alimento e pelo bem.
    Sejam o orvalho e a chuva como bênção à terra.
    Saciai-nos com a vossa bondade e abençoai este ano
    de forma igual aos anos de abundância

    Bendito sejais, Senhor,
    que encheis os corações de alegria
    com as vossas bênçãos. Amen

    10ª Bênção
    Fazei soar a grande trombeta para nossa libertação,
    Erguei o estandarte para reunir os exilados dos povos
    E reuni-los dos quatro cantos da terra junto de Vós.

    Bendito sejais, Senhor,
    que reunis os dispersos do Vosso povo santo

    11ª Bênção
    Restabelecei Apóstolos, Profetas, Pastores,
    Evangelistas e Doutores como nos tempos antigos
    E dai-nos conselheiros como no princípio;
    Afastai a aflição, a tristeza, a doença,
    a fome e a guerra.
    E reinai, Vós Senhor, sobre nós, com amor
    e misericórdia; e justificai-nos no Vosso julgamento.

    Bendito sejais, Senhor,
    Deus do amor e da paz!

    12ª Bênção
    Convertei a vós, Senhor, os caluniadores
    E dai-lhes esperança de salvação!
    Que todos aqueles que fazem o mal
    Sejam tocados pela Vossa misericórdia.

    Bendito sejais, Senhor,
    Que Vos agradais dos humildes de coração
    E dos que esperam a vossa salvação.
    Ámen. Aleluia!

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  3. 14ª Bênção
    Na Vossa misericórdia, fazei-nos caminhar
    Para a Jerusalém celeste, a cidade gloriosa,
    Conduzi-nos para ela onde nos precedem na glória
    Os Apóstolos, os Mártires, os confessores,
    As Virgens e todos os Santos e Santas,
    Particularmente os nossos protectores.

    Bendito sejais, Senhor,
    na Vossa glória eternamente.
    Amen. Aleluia, Aleluia!

    15ª Bênção
    Vós ressuscitastes Jesus Cristo
    Como rebento de David, vosso servo,
    Em comprimento da Vossa promessa.
    Ele é a nossa salvação.
    Aleluia, Aleluia, Aleluia! Amen.

    Bendito sejais, Senhor Jesus Cristo,
    Vós sois hoje a força da nossa salvação!
    Aleluia, Aleluia!

    16ª Bênção
    Escutai a nossa voz, Senhor, nosso Deus,
    Manifestai a Vossa compaixão
    e a Vossa misericórdia para connosco,
    Aceitai a nossa oração com misericórdia e benevolência
    Porque sois um Deus que escuta as orações
    E as preces dos Seus filhos
    Não nos mandeis de mãos vazias
    De junto do Vosso trono, ó nosso Rei,
    Porque Vós escutais com misericórdia
    A oração do Vosso povo amado.

    Bendito sejais, Senhor,
    que escutais a nossa oração.

    17ª Bênção
    Recebei, Senhor, nosso Deus,
    o Vosso povo e a sua oração,
    Guardai-nos no Vosso Espírito de Verdade e de Paz.
    Que a nossa oração Vos seja sempre agradável.
    Possam os nossos olhos ver continuamente
    as maravilhas da Vossa misericórdia.
    Bendito sejais, Senhor,
    que restaurais a Vossa presença em nós.

    Bendito e glorificado sejais
    em cada momento
    e por cada um de nós. Ámen!

    18ª Bênção
    Nós Vos damos graças
    porque viveis por toda a eternidade
    De geração em geração,
    nós Vos damos graças e proclamamos o vosso louvor,
    Pela nossa vida colocada nas vossas mãos,
    pelos prodígios operados,
    em nós e através de nós, todos os dias,
    e pelas Vossas maravilhas e benefícios contínuos:
    a tarde, de manha e ao meio dia. Deus bom!
    A Vossa misericórdia é infinita!
    Deus misericordioso,
    os Vossos favores não se esgotam!
    Desde sempre, a nossa esperança está em Vós.
    Por tudo isto, o Vosso nome seja bendito e exaltado,
    Ó nosso Rei, agora e para sempre.
    E todos os seres vivos Vos dêem graças, Aleluia!
    E louvem verdadeiramente o Vosso nome,
    Deus nosso Salvador e nosso protector. Aleluia!

    Bendito sejais, Senhor,
    Santo é o Vosso Nome,
    E é agradável glorificar-Vos,
    agora e por toda a eternidade.
    Amen. Aleluia!

    Nosso Deus e Deus de nossos pais,
    Abençoai-nos, agora e sempre,
    Como diz a Sagrada Escritura:
    que o Senhor te abençoe e te guarde
    Que o Senhor faça resplandecer sobre ti a Sua face!
    Que o Senhor volte para Vós o Seu rosto e vos conceda a paz!

    Estendei a paz, a bondade e a bênção,
    a graça, o amor e misericórdia
    sobre nós e sobre o vosso povo santo.
    Abençoai-nos, nosso Pai,
    voltando para nós a luz do Vosso rosto,
    porque é pela Vossa face resplandecente
    que nos destes, Senhor, Nosso Deus,
    a Lei da vida, o amor bondoso, a justiça,
    a bênção, a misericórdia, a vida e a paz.
    Porque é salutar aos vossos olhos
    abençoar o Vosso povo
    em todo o tempo e toda a hora pela paz.

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    1. VSROCCHA, a oração de Cristo prossegue com: “santificado seja o vosso nome”. O Pai é Deus e que seu nome seja santificado. A palavra ‘santificado’ tem de ser bem compreendida. Esta palavra expressa santidade, sanidade, saúde, perfeição. Daí atribuirmos o título de santo a um indivíduo que tem saúde de alma, portanto, uma alma saudável, uma sanidade e perfeição espiritual. É o mesmo caso do título de doutor que damos às pessoas doutas, isto é, uma pessoa instruída e especialista em algum assunto específico.

      Que o nome de Deus, pois, seja santificado. Mas é muito vago isso por não sabermos o que representa esta palavra ‘Deus’. Se tenho Deus como a origem de tudo que existe e o tenho como o Ser perfeito, aí, sim, tenho um motivo para santificar o seu nome, pois tudo que vem dele é santo e expressa santidade, perfeição. Santificar o seu nome significa que todas as coisas existentes sejam consideradas perfeitas, santas. É assim que santificamos o nome de Deus, olhando para as coisas como perfeitas, santas. Não provém daí a ideia da preservação da Natureza ao invés de mutilá-la com nossas agressões descabidas e dessantificando-as?

      Prosseguindo com a oração: “venha a nós o vosso reino”, desejamos com isso que aquele estado de paz do Pai também nos aconteça. Esta paz tão pouco é definível. É algo que é experienciado pela alma, mas indizível. A quem esta paz acontece saberá o que é, mas inexprimível aos outros por palavras.

      “Seja feita a vossa vontade assim na terra como é no céu”, prossegue a oração. Mais uma palavra chave nessa oração: ‘vontade’. Não se trata dessa vontade voluntariosa a que estamos acostumados quando queremos realizar algum desejo. Talvez devêssemos recorrer ao filósofo Schopenhauer para entender o termo vontade nessa oração. Diz ele que o mundo, na medida que ele se manifesta, é pura vontade. Não se aplica isto a Deus? O mundo que se manifesta a nós é pura vontade de Deus. Portanto, Deus é sinônimo de Vontade e o mundo é sua representação. Ao dizermos “seja feita a vossa vontade assim na terra como é no céu”, anuímos e reconhecemos que na terra deva prevalecer esta vontade celestial. Mais uma vez a advertência: que a terra seja o espaço de paz para a humanidade e para todas as coisas existentes.

      Avançando com a oração, temos: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Somos corpo e alma. Tanto o corpo quanto a alma precisam de nutrientes para viver e apreciar a vida. O corpo nutre-se dos alimentos que a natureza oferece; a alma, adquire seus nutrientes ao deixar-se revestir pela vontade do Pai. Ao pedirmos estes alimentos comprometemo-nos a tratar a Natureza com dignidade, a fonte dos alimentos do corpo, e a alma esteja sintonizada com a vontade divina, a fonte do alimento espiritual. Não é abusando do alimento do corpo, entregando-nos à gula, e muitas vezes, recusando o alimento ao próximo faminto que fazemos jus à dádiva do pão nosso de cada dia.

      Daí a oração prosseguir com “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido” ... É claro que Deus não é objeto de ofensas. Deus não se ofende. Ofendemo-nos, sim, a nós próprios e mutuamente pela ignorância e pouco caso que damos à nossa saúde espiritual e corporal. Ao orientar-nos pelos preceitos da vontade divina estaremos sob a tutela protetora do Ser em que não há lugar para ofensas.

      “E não nos deixais cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. É assim que termina essa sublime oração. A grande tentação é levar a vida sem Deus, negar seu Ser – o Pai nosso que está no céu.
      Valdemar

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