Luis Moreira
E é. Não tem a ver com a
qualidade do ensino nem
com o interesse dos alunos, é uma questão puramente política. Tem a ver com o
controle do que se ensina desde tenra idade aos alunos e com o controlo
sindical de cerca de 200 000 pessoas entre professores e outros funcionários. E
tem a ver com a centralização do poder nos burocratas do ministério. E com um
sistema de circuito fechado onde, a ser possível, não haveria avaliação de
professores e alunos, nem rankings de escolas.
Os alunos filhos de famílias
ricas frequentam boas escolas privadas; os alunos filhos de famílias remediadas
frequentam boas escolas públicas; os alunos filhos de famílias pobres
frequentam más escolas públicas.
Em Portugal, com a escola
pública, perdeu-se o mais poderoso ascensor social. Caído numa má escola
pública não há nada que livre o aluno dessa penitência.
A Constituição diz que a
escola pública é gratuita e universal? Óptimo, não diz é que as famílias não
podem escolher a escola, seja ela propriedade do estado ou de um privado. Não
diz nem pode dizer nunca, cabe às famílias escolher a melhor escola para os
seus filhos.
Mas como o sindicato diz sem
vergonha trata-se de uma questão política.
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