Almir Papalardo
É o arrogante desafio que há treze
anos o Partido dos Trabalhadores faz aos seus antagonistas e aos cidadãos
comuns não simpatizantes com aquele partido. Nesta semana que finda, houve no
Congresso Nacional, acirrados e tristes debates, agora, sobre a valorização do
salário mínimo até o ano de 2019, onde os petistas mais uma vez impuseram o seu
desejo, ou seja, alijaram sadicamente os aposentados que ganham acima do piso,
vetando novamente o direito de receberem o mesmo percentual de aumento que é
dado à correção do salário mínimo.
Causa-nos revolta e agressão
aos tímpanos ouvir o pronunciamento dos líderes partidários do governo que
querem ganhar os debates relevantes de qualquer jeito, não hesitando em
tumultuar o pronunciamento dos outros parlamentares da oposição que são
contrários aos desejos infames dos perseguidores de aposentados, massacrados há
treze anos consecutivos, querendo manter a todo custo, sem um pouco de piedade,
esta lambança por mais quatro anos.
Atropelaram os debatedores
oposicionistas proferindo mentiras, garganteando que nunca o Brasil teve um
governo tão bom, que está nadando num mar cor de rosas, obteve um crescimento
admirável, onde a equipe da situação tirou milhões de brasileiros abaixo da
linha da pobreza e outras caretices mais, omitindo todavia que, em
contrapartida, está empurrando outros tantos milhões de brasileiros aposentados
para a linha da miséria.
Quando um líder do governo
assume momentaneamente a direção da mesa, aí o andamento dos trabalhos se
complica, porque é nítido, como acusam os oposicionistas, prevalece sempre a
parcialidade e dependência, sendo useiro e vezeiro o uso de dois pesos e duas
medidas.
Já poderíamos estar livres
desta disfarçada ditadura se os eleitores contrários a esta má gestão petista,
aproveitasse melhor o poder dos seus votos, votando no candidato da oposição, e
não se abstendo de comparecer às urnas, como tem acontecido, prejudicando
milhões de brasileiros que sentem a necessidade premente de mudanças no governo
central.
Não tivemos esta vontade
satisfeita nas últimas eleições porque a nossa cruel verduga obteve 3,5 milhões
de votos a mais que Aécio Neves, enquanto víamos pesarosos que trinta e sete milhões
de votos foram jogados na lixeira. Se não gostam do PSDB, um direito que
ninguém pode em sã consciência condenar, pelo menos, ante a urgência de
mudanças e por falta de opções, deveria digitar a urna eletrônica, pensando:
“...não estou votando no PSDB e sim contra a reeleição da candidata Dilma...”
Título e Texto: Almir Papalardo, 14-3-2015
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