sábado, 14 de março de 2015

Derrubem-me se puderem

Almir Papalardo
É o arrogante desafio que há treze anos o Partido dos Trabalhadores faz aos seus antagonistas e aos cidadãos comuns não simpatizantes com aquele partido. Nesta semana que finda, houve no Congresso Nacional, acirrados e tristes debates, agora, sobre a valorização do salário mínimo até o ano de 2019, onde os petistas mais uma vez impuseram o seu desejo, ou seja, alijaram sadicamente os aposentados que ganham acima do piso, vetando novamente o direito de receberem o mesmo percentual de aumento que é dado à correção do salário mínimo.

Causa-nos revolta e agressão aos tímpanos ouvir o pronunciamento dos líderes partidários do governo que querem ganhar os debates relevantes de qualquer jeito, não hesitando em tumultuar o pronunciamento dos outros parlamentares da oposição que são contrários aos desejos infames dos perseguidores de aposentados, massacrados há treze anos consecutivos, querendo manter a todo custo, sem um pouco de piedade, esta lambança por mais quatro anos.

Atropelaram os debatedores oposicionistas proferindo mentiras, garganteando que nunca o Brasil teve um governo tão bom, que está nadando num mar cor de rosas, obteve um crescimento admirável, onde a equipe da situação tirou milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza e outras caretices mais, omitindo todavia que, em contrapartida, está empurrando outros tantos milhões de brasileiros aposentados para a linha da miséria.

Quando um líder do governo assume momentaneamente a direção da mesa, aí o andamento dos trabalhos se complica, porque é nítido, como acusam os oposicionistas, prevalece sempre a parcialidade e dependência, sendo useiro e vezeiro o uso de dois pesos e duas medidas.

Já poderíamos estar livres desta disfarçada ditadura se os eleitores contrários a esta má gestão petista, aproveitasse melhor o poder dos seus votos, votando no candidato da oposição, e não se abstendo de comparecer às urnas, como tem acontecido, prejudicando milhões de brasileiros que sentem a necessidade premente de mudanças no governo central.

Não tivemos esta vontade satisfeita nas últimas eleições porque a nossa cruel verduga obteve 3,5 milhões de votos a mais que Aécio Neves, enquanto víamos pesarosos que trinta e sete milhões de votos foram jogados na lixeira. Se não gostam do PSDB, um direito que ninguém pode em sã consciência condenar, pelo menos, ante a urgência de mudanças e por falta de opções, deveria digitar a urna eletrônica, pensando: “...não estou votando no PSDB e sim contra a reeleição da candidata Dilma...” 
Título e Texto: Almir Papalardo, 14-3-2015

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