sexta-feira, 6 de março de 2015

Professor ou doutrinador?

Flavio Quintela

Uma leitora entrou em contato comigo ontem à noite, bastante nervosa por algo que havia acontecido com seu filho, que estuda na 7a série do Colégio Positivo de Curitiba. O garoto tem aulas de geografia com um tal de Jorge Bilek, que faz as vezes de professor engraçadinho, e que indicou para seus alunos seus vídeos no Youtube, mais especificamente um intitulado Capitalismo X Socialismo.


O vídeo começa com o tal professor vestido com uma camiseta estampada com uma foto do Che Guevara e uma bandeira de Cuba na manga. Já dá pra ter uma ideia do que vem pela frente só pela pinta do sujeito. Então ele começa a despejar bobagens e clichês de esquerda, coisas como:

§  “Eu tô ganhando sem trabalhar.” – minuto 2:39, falando sobre os empresários exploradores, com uma imagem do Sr. Burns (Os Simpsons) ao fundo;
§  “Capitalismo é o patrão vivendo nas costas do empregado.”- minuto 4:30, com uma charge ao fundo;
§  “Karl Marx e Friedrich Engels lançam a partir o manifesto do partido comunista, lançam a ideia de que o mundo pode sim ser igual, e que podemos não ter patrões podres de ricos e funcionários podres de pobre.” – minuto 6:50;
§  “Então acaba sendo meio na força; então muitas pessoas associam o socialismo com ditaduras, e nem sempre isso é real.” – minuto 9:02, falando sobre como nunca existiu o socialismo verdadeiro, teórico, e transformando 150 milhões de mortos em ‘acaba sendo meio na força’.

Para terminar o vídeo ele diz que a camiseta não significa que ele seja comunista, “é apenas para ilustrar” (imagina se fosse), e sugere as leituras de “Manifesto do Partido Comunista” e… e só. Essa é a ideia do professor Jorge Bilek de como ensinar a diferença entre capitalismo e socialismo para seus alunos. Nenhuma menção a nada positivo sobre o capitalismo, nenhuma menção a nada negativo sobre o socialismo, e uma única indicação de livro, justamente o Manifesto.

A situação que o país enfrenta hoje é fruto direto de mais de 40 anos dessa prática nefasta. Salas de aula deveriam ser locais de busca da verdade, jamais plataformas de engajamento ideológico. Digamos não à doutrinação em sala de aula. 
Título, Imagem e Texto: Flavio Quintela, “Maldade Destilada”, 6-3-2015

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