Flavio Quintela
Uma leitora entrou em contato
comigo ontem à noite, bastante nervosa por algo que havia acontecido com
seu filho, que estuda na 7a série do Colégio Positivo de Curitiba. O garoto tem
aulas de geografia com um tal de Jorge Bilek, que faz as vezes de
professor engraçadinho, e que indicou para seus alunos seus vídeos no
Youtube, mais especificamente um intitulado Capitalismo X Socialismo.
O vídeo começa com o tal
professor vestido com uma camiseta estampada com uma foto do Che Guevara e uma
bandeira de Cuba na manga. Já dá pra ter uma ideia do que vem pela frente só
pela pinta do sujeito. Então ele começa a despejar bobagens e clichês de
esquerda, coisas como:
§
“Eu tô ganhando sem trabalhar.” – minuto
2:39, falando sobre os empresários exploradores, com uma imagem do Sr. Burns
(Os Simpsons) ao fundo;
§
“Capitalismo é o patrão vivendo nas costas do
empregado.”- minuto 4:30, com uma charge ao fundo;
§
“Karl Marx e Friedrich Engels lançam a partir
o manifesto do partido comunista, lançam a ideia de que o mundo pode sim ser
igual, e que podemos não ter patrões podres de ricos e funcionários podres de
pobre.” – minuto 6:50;
§
“Então acaba sendo meio na força; então
muitas pessoas associam o socialismo com ditaduras, e nem sempre isso é real.”
– minuto 9:02, falando sobre como nunca existiu o socialismo verdadeiro,
teórico, e transformando 150 milhões de mortos em ‘acaba sendo meio na força’.
Para terminar o vídeo ele diz
que a camiseta não significa que ele seja comunista, “é apenas para ilustrar”
(imagina se fosse), e sugere as leituras de “Manifesto do Partido Comunista” e…
e só. Essa é a ideia do professor Jorge Bilek de como ensinar a diferença entre
capitalismo e socialismo para seus alunos. Nenhuma menção a nada positivo sobre
o capitalismo, nenhuma menção a nada negativo sobre o socialismo, e uma única
indicação de livro, justamente o Manifesto.
A situação que o país enfrenta
hoje é fruto direto de mais de 40 anos dessa prática nefasta. Salas de aula
deveriam ser locais de busca da verdade, jamais plataformas de engajamento
ideológico. Digamos não à doutrinação em sala de aula.
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