Almir Papalardo
Quantidade e qualidade são
duas palavras distintas, mas que se adaptam, harmoniosamente, na nossa confusa
e conturbada política, na acepção exata de cada palavra. Não se pode jamais
cometer o equívoco de pensar que entre elas possa existir alguma sinonímia.
Qualidade é bem diferente de quantidade. Quantidade exagerada de políticos é um
grotesco erro não percebido pela nossa constituição, o que tem impedido a nossa
já desacreditada política de prestar medidas justas e profícuas a favor do
cidadão brasileiro, prevalecendo sempre uma ineficiente, péssima e injusta
distribuição de renda, privilegiando eternamente um pequeno grupo de
favorecidos.
Enquanto temos um número
avassalador de políticos no parlamento a direcionar os passos do nosso país,
funcionando a todo o vapor com a palavra “quantidade”, falta-nos parlamentares
abnegados, desprendidos, sem ambições desmedidas e gananciosas, pensando
somente em legislar para o bem-estar populacional. Aí já estaria reinando para
a felicidade geral de todos, a palavra “qualidade”, esta sim, com concretas
possibilidades de favorecer de modo igualitário todas as camadas da sociedade.
Se vamos favorecer o povo, que o façamos atendendo desde os mais ricos até os
mais pobres. No atual momento, são favorecidos somente os poderosos e
apadrinhados!
O nosso Poder Legislativo
possui 594 parlamentares, um número desnecessário, exagerado, um cabide de
empregos, que mais tumultua do que favorece a soberania brasileira. Se fosse
reduzido o número de parlamentares do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
para um terço dos atuais militantes, com redução também no número de ministérios
pela metade, com certeza, jamais teria existido “mensalões”, “petrolões” e
corrupção galopante e indominável que se alastra em todos os principais e
relevantes setores funcionais do país!
Jamais veríamos sessões plenárias
vergonhosas, de baixo nível, quando assistimos estarrecidos quase diariamente
debates desrespeitosos, afrontas e ameaças de agressão com dedos em riste na
cara dos debatedores, parecendo mais uma arena de pugilato do que sessões supra
importantes para a nossa governabilidade! Nosso histórico político relata que
já foram criadas mais de trinta CPIs, quando a maioria é contornada favoravelmente
aos atingidos, acabando como diz o povo decepcionado, “em pizza”.
Portanto, seria mais vantajoso
e para total felicidade do Brasil um comando menor mas com melhor QUALIDADE, do
que uma administração como temos hoje, uma QUANTIDADE imensa de caciques a
embaraçar os passos firmes e para a frente que poderíamos dar, nivelando nossa
nação entre as mais fortes deste planeta. Quanto ao fator econômico, seria uma
outra grande vantagem, porque o Brasil economizaria bilhões de reais em
salários excessivos e inúteis, que seriam mais úteis se aplicados em outros
setores deficitários.
Duvido, que se tivéssemos mais
“qualidade” e menos “quantidade” de governantes, os velhos aposentados estariam
sendo pisoteados ao ponto de serem a categoria mais prejudicada da sociedade.
Um país justo, sensível e soberano respeita crianças e idosos, sendo os últimos
cidadãos a serem atingidos por uma medida impopular, quando por necessidade
política são obrigados a aplicarem na população.
Título e Texto: Almir Papalardo, 9-3-2015
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