segunda-feira, 9 de março de 2015

Quantidade e Qualidade

Almir Papalardo
Quantidade e qualidade são duas palavras distintas, mas que se adaptam, harmoniosamente, na nossa confusa e conturbada política, na acepção exata de cada palavra. Não se pode jamais cometer o equívoco de pensar que entre elas possa existir alguma sinonímia. Qualidade é bem diferente de quantidade. Quantidade exagerada de políticos é um grotesco erro não percebido pela nossa constituição, o que tem impedido a nossa já desacreditada política de prestar medidas justas e profícuas a favor do cidadão brasileiro, prevalecendo sempre uma ineficiente, péssima e injusta distribuição de renda, privilegiando eternamente um pequeno grupo de favorecidos.

Enquanto temos um número avassalador de políticos no parlamento a direcionar os passos do nosso país, funcionando a todo o vapor com a palavra “quantidade”, falta-nos parlamentares abnegados, desprendidos, sem ambições desmedidas e gananciosas, pensando somente em legislar para o bem-estar populacional. Aí já estaria reinando para a felicidade geral de todos, a palavra “qualidade”, esta sim, com concretas possibilidades de favorecer de modo igualitário todas as camadas da sociedade. Se vamos favorecer o povo, que o façamos atendendo desde os mais ricos até os mais pobres. No atual momento, são favorecidos somente os poderosos e apadrinhados!

O nosso Poder Legislativo possui 594 parlamentares, um número desnecessário, exagerado, um cabide de empregos, que mais tumultua do que favorece a soberania brasileira. Se fosse reduzido o número de parlamentares do Senado Federal e da Câmara dos Deputados para um terço dos atuais militantes, com redução também no número de ministérios pela metade, com certeza, jamais teria existido “mensalões”, “petrolões” e corrupção galopante e indominável que se alastra em todos os principais e relevantes setores funcionais do país!

Jamais veríamos sessões plenárias vergonhosas, de baixo nível, quando assistimos estarrecidos quase diariamente debates desrespeitosos, afrontas e ameaças de agressão com dedos em riste na cara dos debatedores, parecendo mais uma arena de pugilato do que sessões supra importantes para a nossa governabilidade! Nosso histórico político relata que já foram criadas mais de trinta CPIs, quando a maioria é contornada favoravelmente aos atingidos, acabando como diz o povo decepcionado, “em pizza”.

Portanto, seria mais vantajoso e para total felicidade do Brasil um comando menor mas com melhor QUALIDADE, do que uma administração como temos hoje, uma QUANTIDADE imensa de caciques a embaraçar os passos firmes e para a frente que poderíamos dar, nivelando nossa nação entre as mais fortes deste planeta. Quanto ao fator econômico, seria uma outra grande vantagem, porque o Brasil economizaria bilhões de reais em salários excessivos e inúteis, que seriam mais úteis se aplicados em outros setores deficitários.

Duvido, que se tivéssemos mais “qualidade” e menos “quantidade” de governantes, os velhos aposentados estariam sendo pisoteados ao ponto de serem a categoria mais prejudicada da sociedade. Um país justo, sensível e soberano respeita crianças e idosos, sendo os últimos cidadãos a serem atingidos por uma medida impopular, quando por necessidade política são obrigados a aplicarem na população. 
Título e Texto: Almir Papalardo, 9-3-2015 

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