quarta-feira, 22 de abril de 2015

Tiradentes -1792 versus Delação premiada - 2015

Oscar Bürgel
Desde há muito ouço falar sobre este mineiro ativista que lutou contra a exploração da coroa portuguesa sobre nós brasileiros.
Parece-me que o mesmo era do tipo virador, versátil, fazia de tudo para sobreviver, foi tropeiro, minerador, comerciante, militar (alferes=sub-tenente) e dentista.

Em todos as frentes que tentou era explorado pelo governo português, que para cobrir suas mordomias oriundas da Inglaterra, tirava tudo das colônias habitadas por sub-raças ignorantes, assim era visto o Brasil. 
Virador mas de bom caráter e percebendo que assim não dava, revoltou-se contra o sistema de espoliação ao povo.

Foi enforcado e exposto como exemplo, tipo: “não façam igual, pois vejam o que faremos com vocês, se quiserem acabar com nossa mamata.”

Trinta anos após o sacrifício do Tiradentes, pouco tempo, se lembrarmos que os meios de comunicação eram sinais de fumaça e de tambor, o governo da coroa portuguesa foi deposto e novos governantes entraram.
Ao perceber que o povo era omisso começaram a tributar com voracidade, novamente.

Percebemos que o problema não está nos mandantes, o problema somos nós, os mandados, nossa postura de omissão, não participação, não envolvimento no cotidiano das coisas ao nosso redor.

Sequer “Joaquins Josés das Silvas Xavieres” conseguimos deixar crescer atualmente para liderar-nos. Os assuntos de big brother, futebol, praia, ceva e facebook prevalecem quando estamos reunidos, não nos permitindo ouvi-los (se é que existem atualmente).

Em épocas de delação premiada, roubo na Petrobras, onde temos de aturar ver na TV a cara de um ladrão com privilégios, camisa de grife, talvez as penalidades imputadas ao dentista seriam bem adequadas a estes criminosos.

Estes ladrões de colarinho branco roubam os leitos, equipamentos hospitalares, veículos para segurança, medicamentos, tudo que nos falta, gerando dor e sofrimento à população com sua ganância insaciável.

Voltar a comparecer nas manifestações de rua já será um início do exercício de cidadania.

Exigir que nossos filhos compareçam à aula, mesmo que isto vá conflitar nosso feriadão, no dia/ponte que antecede o feriado (que existem muitos neste País), e/ou comparecer na reunião do condomínio ou associação do bairro, já será um bom exemplo para que nossos descendentes não cresçam com os mesmos defeitos.

Também apenas trinta anos se passaram desde que fomos às ruas pelas “Diretas já”, quem sabe, este é o tempo de maturação para mudanças. 
Título, Imagem e Texto: Oscar Bürgel, 22-4-2015

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