sábado, 23 de maio de 2015

Dinamarca quer ser o primeiro país sem dinheiro físico

Governo dinamarquês quer acabar com a circulação de moedas e notas já no próximo ano

A Dinamarca pretende acabar com a utilização de dinheiro físico em lojas de roupa, restaurantes e bombas de gasolina. A ideia foi anunciada pelo governo daquele país e deve passar, numa primeira fase, por permitir que estes estabelecimentos aceitem apenas pagamentos eletrónicos. Atualmente, empresas e estabelecimentos comerciais são obrigados a aceitar pagamentos em dinheiro vivo.

Esta é uma das medidas que, a longo prazo, pretendem transformar a Dinamarca no primeiro país do mundo sem dinheiro físico. Com o objetivo de "eliminar custos administrativos e financeiros consideráveis", o executivo dinamarquês afirma que esta medida visa aumentar a produtividade, de modo a contribuir para o crescimento económico do país.

A par com outros países nórdicos como a Suécia e a Finlândia, a Dinamarca é um dos países onde se realizam cada vez mais pagamentos através de meios eletrónicos. Um em cada três dinamarqueses utiliza a MobilePay, uma aplicação para smartphone que permite fazer pagamentos e realizar transferências de forma eletrónica. Também a utilização de cartões de débito é cada vez mais popular e os números apontam para que em 14 anos, os pagamentos em dinheiro e em cheques tenham diminuído em 80%. O Governo não espera encontrar resistência a esta medida no parlamento, que deve avançar no início do próximo ano.

A medida pretende ajudar as empresas a evitar a contratação de seguranças e a instalação de circuitos de segurança, invocando um estímulo à economia. A Dinamarca defende ainda que esta pode ser uma forma de combate à economia negra do país, que ronda os 15%. A Associação de Banqueiros da Dinamarca (Finansraadet) defende que o fim da circulação de moedas e notas "irá economizar dinheiro às empresas, em segurança e em tempo, na gestão dos seus recursos". No entanto, o jornal espanhol El Mundo lembra o caso da Suécia, em que durante a última década duplicaram os casos de fraude relacionada com pagamentos eletrónicos. 
Título e Texto: VISÃO, 23-5-2015

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