quarta-feira, 13 de maio de 2015

Economistas sugerem que Portugal pode crescer este ano mais que o previsto pelo Governo

Luís Reis Pires
Números do primeiro trimestre dão sinais de optimismo, frisam os analistas. Portugal cresceu 1,4% em termos homólogos e 0,4% em cadeia.

Os economistas ficaram animados com os números divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que deu conta que o PIB cresceu 1,4% no primeiro trimestre, face a igual período do ano passado.

“Achamos que o PIB irá exceder a previsão de 1,6% para o crescimento em 2015 previsto pelo Governo”, considera o economista-chefe do Millenium BCP 1.22%, José Maria Brandão de Brito. Uma expectativa que é partilha por Teresa Gil Pinheiro, do BPI 1.42%, que aponta para um crescimento 1,8% este ano, apoiado sobretudo “na procura interna”. “Estamos acima das estimativas do Governo, que são conservadoras. E, provavelmente, as nossas também são. Aqui os riscos são de revisão em alta”, garante.

Os economistas não se deixam desanimar nem pelo facto de, em cadeia, ou seja, face ao último trimestre do ano passado, o PIB ter crescido menos do que se esperava – aumentou 0,4%, quando os analistas apontavam para 0,7%.

Um efeito que, segundo Brandão de Brito, aconteceu “sobretudo devido a um contributo muito negativo da variação de existências, que é uma variável residual e tende a corrigir. Só por este efeito, poderemos ter um crescimento do PIB mais forte nos próximos trimestres”, sublinha.

Num ambiente de inflação baixa, melhoria do mercado de trabalho e mais rendimento disponível, os economistas acreditam que o consumo vai puxar pela economia em 2015, esperando que seja ajudado também pelo investimento e as exportações.

Para já, no primeiro trimestre, o crescimento fica a dever-se, segundo o INE, “ao aumento do contributo da procura externa líquida, em resultado do abrandamento das importações de bens e serviços e da aceleração das exportações”. O instituto sublinha ainda que os números das contas nacionais “implicam um ganho de termos de troca superior ao observado no trimestre anterior, sendo o deflator das importações significativamente negativo, reflectindo nomeadamente a redução dos preços dos bens energéticos”.
Título, Imagem e Texto: Luís Reis Pires, Diário Económico, 13-5-2015

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Um comentário:

  1. Este Governo não acerta uma!
    Segundo os jornais, existe um considerável consenso entre os economistas quanto ao crescimento do PIB superior ao que previu o Governo. Não acertam uma!
    JM Ferreira de Almeida
    http://quartarepublica.blogspot.pt/

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