sexta-feira, 8 de maio de 2015

Hillary Clinton e os charutos...

Valdemar Habitzreuter

A campanha para a corrida presidencial dos Estados Unidos está começando. A política de candidatos para conseguir cargos públicos é igual em todos os cantos do mundo. Faz-se de tudo para convencer os eleitores de que os discursos proferidos pelos candidatos são sinceros e as promessas e propostas de governo apresentadas serão realizadas com rigor, se eleitos forem. Falam a torto e a direito, debatendo ideias, espalhando promessas, como idealizadores e possuidores do melhor projeto de governo. (Lembram-se de Dilma? Um desastre que se abateu sobre o povo brasileiro…)

Aos eleitores não resta outra alternativa a não ser analisar cada candidato e depois escolher. Assim, pelo lado democrata, Hillary Clinton apresenta-se como candidata à Casa Branca como sucessora de Barack Obama do qual foi Secretária de Estado cuidando dos assuntos externos. Ocupar a Secretaria de Estado Americano seja, talvez, desempenhar o cargo mais importante na política governamental dos Estados Unidos.

Hillary é a favorita nesta corrida presidencial. Do lado dos republicanos, por enquanto, não apareceu um candidato de peso para competir com ela. Mas tudo ainda é imprevisível. As futuras jogadas políticas vão traçar quem vai se destacar nesta corrida e ser eleito.

O povo americano pauta-se muito na conduta moral de cada candidato. Qualquer deslize o candidato é anatematizado e o dito cujo pode despedir-se da vida pública, pois não terá chance de ocupar qualquer cargo eletivo. Hillary, inclusive, já foi questionada se tem moral para ocupar a Casa Branca com o manuseio de sua conta particular de e-mail com a qual se comunicava tratando de assuntos de Estado que, segundo normas legais, devem ser tratados oficialmente na esfera do Estado e, se necessário for, que o público tenha acesso ao seu conteúdo. Teria Hillary tido comunicações sigilosas nesta sua conta privada? Diz ela que não, e a disponibilizou para a publicação. Não teria deletado os e-mails mais comprometedores? É esta a dúvida que paira e que seus opositores pretendem explorar para fazer frente ao favoritismo de Hillary.

Mas não é só isto. A ex-primeira-dama quer enfrentar as religiões tradicionais no que tange às suas posições radicais de contrárias ao aborto, casamento gay e outros temas caros à maioria dos americanos que professam tais religiões. Se até hoje ainda têm como verdade absoluta o ‘criacionismo’ bíblico, em detrimento da teoria da evolução a ponto de esta ser proibida em muitas escolas, tem-se uma ideia da moralidade hipócrita americana alicerçada nestas doutrinas religiosas.

Mas, Hillary tem grande chance de conquistar a presidência dos Estados Unidos. Se foi pela primeira vez com Obama que se elegeu um negro para presidir a nação mais poderosa do mundo, por que não agora uma mulher? Talvez os americanos se inclinem a este raciocínio e estejam propensos à abertura para um novo modelo de governo, menos machista... ou não?

Se Hillary for eleita, terá oportunidade de levar avante a abertura político-econômica com Cuba, preconizada por Obama. Não somente para importar os famosos charutos cubanos, dos quais, aliás, seu marido é um grande apreciador, mas reabilitar realmente a saúde social frágil daquele país. 

Hillary tem, inclusive, um reforço, seu marido. Poderá ter chances promissoras para exercer um bom governo, pois seria exercido a quatro mãos: como esposa de um bem-sucedido ex-presidente poderá entreter-se com ele, na calada da noite, para estratégias de governo, com ou sem o charuto de Clinton.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 8-5-2015

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