Valdemar Habitzreuter
A campanha para a corrida
presidencial dos Estados Unidos está começando. A política de candidatos para
conseguir cargos públicos é igual em todos os cantos do mundo. Faz-se de tudo
para convencer os eleitores de que os discursos proferidos pelos candidatos são
sinceros e as promessas e propostas de governo apresentadas serão realizadas
com rigor, se eleitos forem. Falam a torto e a direito, debatendo ideias,
espalhando promessas, como idealizadores e possuidores do melhor projeto de
governo. (Lembram-se de Dilma? Um desastre que se abateu sobre o povo
brasileiro…)
Aos eleitores não resta outra
alternativa a não ser analisar cada candidato e depois escolher. Assim, pelo
lado democrata, Hillary Clinton apresenta-se como candidata à Casa Branca como
sucessora de Barack Obama do qual foi Secretária de Estado cuidando dos
assuntos externos. Ocupar a Secretaria de Estado Americano seja, talvez,
desempenhar o cargo mais importante na política governamental dos Estados
Unidos.
Hillary é a favorita nesta
corrida presidencial. Do lado dos republicanos, por enquanto, não apareceu um
candidato de peso para competir com ela. Mas tudo ainda é imprevisível. As
futuras jogadas políticas vão traçar quem vai se destacar nesta corrida e ser
eleito.
O povo americano pauta-se
muito na conduta moral de cada candidato. Qualquer deslize o candidato é
anatematizado e o dito cujo pode despedir-se da vida pública, pois não terá
chance de ocupar qualquer cargo eletivo. Hillary, inclusive, já foi questionada
se tem moral para ocupar a Casa Branca com o manuseio de sua conta particular
de e-mail com a qual se comunicava tratando de assuntos de Estado que, segundo
normas legais, devem ser tratados oficialmente na esfera do Estado e, se
necessário for, que o público tenha acesso ao seu conteúdo. Teria Hillary tido
comunicações sigilosas nesta sua conta privada? Diz ela que não, e a
disponibilizou para a publicação. Não teria deletado os e-mails mais
comprometedores? É esta a dúvida que paira e que seus opositores pretendem
explorar para fazer frente ao favoritismo de Hillary.
Mas não é só isto. A
ex-primeira-dama quer enfrentar as religiões tradicionais no que tange às suas
posições radicais de contrárias ao aborto, casamento gay e outros temas caros à
maioria dos americanos que professam tais religiões. Se até hoje ainda têm como
verdade absoluta o ‘criacionismo’ bíblico, em detrimento da teoria da evolução
a ponto de esta ser proibida em muitas escolas, tem-se uma ideia da moralidade
hipócrita americana alicerçada nestas doutrinas religiosas.
Mas, Hillary tem grande chance
de conquistar a presidência dos Estados Unidos. Se foi pela primeira vez com
Obama que se elegeu um negro para presidir a nação mais poderosa do mundo, por
que não agora uma mulher? Talvez os americanos se inclinem a este raciocínio e
estejam propensos à abertura para um novo modelo de governo, menos machista...
ou não?
Se Hillary for eleita, terá
oportunidade de levar avante a abertura político-econômica com Cuba,
preconizada por Obama. Não somente para importar os famosos charutos cubanos,
dos quais, aliás, seu marido é um grande apreciador, mas reabilitar realmente a
saúde social frágil daquele país.
Hillary tem, inclusive, um
reforço, seu marido. Poderá ter chances promissoras para exercer um bom
governo, pois seria exercido a quatro mãos: como esposa de um bem-sucedido
ex-presidente poderá entreter-se com ele, na calada da noite, para estratégias
de governo, com ou sem o charuto de Clinton.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 8-5-2015
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